18/12/2016 às 11h38min - Atualizada em 18/12/2016 às 11h38min

Lava Jato pode mudar a política nacional em 2017

Na madrugada de domingo (18), ao todo 77 funcionários da Odebrecht prestaram depoimento para corroborar o que informaram no acordo de delação premiada

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Depois de um ano marcado por eventos imprevisíveis, a Lava Jato tem potencial para causar um estrago político sem precedentes em 2017.


Na madrugada de domingo (18), ao todo 77 funcionários da Odebrecht prestaram depoimento para corroborar o que informaram no acordo de delação premiada. A documentação dos acordos de delação serão levadas na segunda-feira (19) para uma sala isolada, trancada, no terceiro andar do prédio principal do Supremo Tribunal Federal. Só terão acesso ao material o ministro Teori Zavaski, relator da operação, assessores e juízes do caso.

 

Segundo informações da Folha de S.Paulo, o grupo da empreiteira contou em detalhes o engenhoso esquema de corrupção realizado com políticos do governo federal e do Congresso, governadores e outros nomes da política nacional.

 

Diante de todo esse reboliço, o protagonismo do juiz Sergio Moro e de procuradores que atuam em Curitiba tende a dividir as atenções com os capítulos da investigação em Brasília sobre políticos com foro no STF (Supremo Tribunal Federal).

 

Sem foro privilegiado e nas mãos de Moro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, réu pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva em razão das relações com a empreiteira OAS, além de responder por outras duas ações penais, segue na fila para ser julgado em 2017.

 

Em Brasília, o Supremo Tribunal Federal (STF) deve homologar a delação da Odebrecht até março, na volta do recesso de fim de ano do judiciário. A partir daí, cabe à Procuradoria-Geral da República definir quais dos citados devem ser investigados. Na linha de frente estão ministros do governo de Michel Temer, senadores e deputados.


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