As estruturas prediais do DF são completamente vulneráveis aos abalos sísmicos como o sentido ontem na região central de Brasília. O terremoto, com epicentro no sul da Bolívia, mexeu o solo da capital, deslocou prédios e brasilienses tiveram de evacuar pavimentos às pressas. Segundo a Defesa Civil, não houve danos provocados pelas oscilações, mas especialista alerta que casos cada vez mais constantes atingem a região e não há norma técnica para construções à prova de tremores.
O tremor registrado em Brasília às 10h40 foi reflexo do terremoto de magnitude 6,7 na escala Richter que atingiu um ponto próximo à cidade de Carandayti, na província de Luis Calvo de Chuquisaca, segundo o Observatório Sismológico da Universidade de Brasília. O caso aconteceu a 557 quilômetros de profundidade e durou cerca de 30 segundos, próximo da fronteira com a região norte do Paraguai.
No DF, os abalos foram sentidos especialmente na região central. O Corpo de Bombeiros recebeu mais de 50 chamados. Há relatos de impactos principalmente na Asa Sul, mas também na Asa Norte, Setores de Autarquias, Setor de Armazenagem e Abastecimento, Sudoeste, Cruzeiro, Setor de Indústrias Gráficas, Guará e Planaltina.
“Concreto e ferragens, juntos, são capazes de suportar pequenas variações físicas. Isso está previsto em prédios mais altos”, diz o subsecretário de Defesa Civil, coronel Sérgio Bezerra. Ao todo, o órgão recebeu 38 solicitações, destas 28 resultaram em vistorias. Nenhuma manifestação de dano às estruturas provocado pelo episódio foi observada. Para os órgãos de segurança, não há riscos.