O Instituto Hospital de Base suspendeu a marcação de consultas com médicos oncologistas para novos pacientes com diagnósticos de câncer. O motivo, segundo a direção, é que a unidade está impedida de contratar e, com isso, faltam profissionais dessa especialidade.
O Instituto teve dois processos de contratações suspensos pela 11ª Vara do Trabalho de Brasília no último mês. Assim, mais de 700 profissionais deixaram de assumir os cargos.
Por meio de nota, a direção do Base informou que o último processo suspenso previa a contratação de mais 13 oncologistas para o hospital. Se tivesse sido concluído, os médicos já assumiriam os postos nesta semana.
"A unidade de oncologia segue em funcionamento. Os pacientes que já são acompanhados continuarão recebendo atendimento e, por conta da limitação em relação à contratação, foi necessário suspender, até que a situação se resolva, as vagas disponibilizadas para o complexo regulador aos enfermos de primeira consulta", destaca o documento.
A unidade alega que os atendimentos de pacientes diagnosticados com câncer cresceu mais de 50% no último mês. Passando de 670 em fevereiro para 1.270 no mês passado. Porém, segundo o Instituto, os médicos não são suficientes para a demanda.
A oncologia do Base conta com seis médicos que trabalham 20h e três que assumem o posto de 40h semanais. Segundo a direção, esses profissionais atuam cobrindo enfermaria, ambulatórios, assistência em quimioterapia, respostas de pareceres e suporte ao pronto-socorro e UTIs. Os dados totalizam 200h de atendimentos oncológicos semanais.