A Secretaria de Saúde do DF (SES-DF) encerrou nesta terça-feira (10) o protocolo de investigação de uma morte causada por Influenza A H1N1. O paciente, um homem de 54 anos, tinha sido diagnosticado com síndrome respiratória aguda grave e faleceu, no Hospital Regional de Ceilândia, no final do mês de março.
Para confirmar a causa, após o óbito, a Vigilância Epidemiológica das Gripes, vinculada à pasta, coletou uma amostra de sangue do homem e constatou a existência da gripe H1N1.
Mais casos
Além deste, foram registrados mais dois casos de Influenza A H1N1, sem mortes, e um de metapneumovírus, com um óbito, em 2018. A campanha de vacinação contra os tipos A H1N1, H3N2 e Influenza B começa no próximo dia 23.
A respeito da morte por Influenza A H1N1 registrada neste ano, o subsecretário de Vigilância à Saúde, Marcus Vinicius Quito, ressalta que o homem era portador de doença sanguínea hematológica, o que contribuiu para o óbito. “Ele tinha uma comorbidade, ou seja, uma outra doença de base”, explica.
O outro caso de morte, desta vez por metapneumovírus, é de uma criança portadora de uma síndrome congênita e do vírus, simultaneamente. O metapneumovírus é o segundo com maior incidência de casos registrados na população.
Os outros dois casos de gripe por Influenza A H1N1 evoluíram para cura. O primeiro deles foi de um bebê com 15 meses de vida, que ficou internado no Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib). O segundo foi de outro bebê, com um ano de idade, nascido fora do Distrito Federal, mas que ficou internado no Hospital de Base.
Leia mais: DF registra primeiro caso de gripe H1N1 em 2018
Vacinação
O subsecretário de Vigilância à Saúde, Marcus Vinicius Quito, afirma que a secretaria pretende vacinar, neste ano, 703 mil pessoas pertencentes aos grupos de risco: pessoas com 60 anos ou mais, gestantes, mães até 45 dias após o parto, crianças de seis meses a menores de cinco anos, portadores de doenças crônicas não transmissíveis, trabalhadores da saúde, população indígena e pessoas em situação de cárcere. A dose é única. Apenas bebês que tomarem a vacina com seis meses de vida precisarão de reforço.
A diretora de Vigilância Epidemiológica da SEEDF, Maria Beatriz Rui, garante que a vacina é segura. “As pessoas podem desenvolver um quadro viral, uma resposta imunológica à vacinação, e também podem adquirir outros vírus respiratórios. A vacina protege apenas contra as formas graves”, explica.
Época crítica
Segundo a Saúde, a maior ocorrência de gripe pelo vírus Influenza nesta época do ano, quando está mais frio, é esperada. Os casos graves podem ser evitados com a vacinação. “No ano de 2017, quando não houve circulação do Influenza no Distrito Federal, a população não se preocupou com a vacina. Agora, é importante essa mobilização”, alerta Quito. Para o subsecretário, a volta do vírus se deve a um conjunto de fatores — ambientais, populacionais, características individuais e oportunidades encontradas pelo Influenza para penetrar em locais onde as pessoas não estão imunizadas.