Há alguns anos, uma grupo de auditores fiscais e contadores do Distrito Federal foi descoberto e preso por uma operação desencadeada pela Polícia Civil, capitaneada pelo Departamento de Atividades Especiais. À frente, um delegado que ficou famoso e depois virou consultor de esquemas políticos, entre os quais aquele defenestrado pela Operação Caixa de Pandora.
O líder do bando, especializado em crimes tributários, foi condenado a mais de 50 anos de reclusão.
Eles aplicavam golpes durante auditagens em empresas que estavam em situação irregular com o Fisco.
O esquema durou anos e causou um prejuízo de R$ 150 milhões aos cofres do Distrito Federal.
Essa é a parte visível da história, com destaque para o brilhante trabalho da Polícia Civil do DF, considerada a mais preparada das PCs do Brasil em termos de investigação e aparato tecnológico.
O que ninguém sabe, talvez nem os investigadores da ponta, é que o bando foi desbaratado porque os operadores cresceram o olho no dinheiro sujo que estava sendo movimentado e começaram a podar a parte que cabia ao chefe do esquema.
Sentindo-se lesado, o chefe fez escapulir uma informação “sigilosa” para os órgãos fiscalizadores e esse documento foi parar nas mãos do delegado de combate ao crime organizado, cujo trabalho foi juntar as peças do quebra-cabeças e chegar aos executores e beneficiários dos crimes tributários. Menos no chefe maior.