24/04/2018 às 14h43min - Atualizada em 24/04/2018 às 14h43min
Político Mário Juruna devolvendo propina de 30 milhões de Cruzeiro.
Vick / Carlos Terena
ViCK Bacon?Pensador Anônimo
Respeito Etnia Terena Interessante como a história e alguns acontecimentos nos passam despercebidos, ao ponto de uma pessoa de fora nos trazer a lembrança a diferença entre um político HONESTO e essa cambada de BANDIDOS LADRÕES que ocupam os gabinetes do Congresso nacional nos dias de hoje.
Foi assim que mi ha amiga Jornalista e Secretária Executiva da Universidade Federal de Rondônia, Vick Bacon me lembrou esse grande político que dizia de peito aberto na tribuna da Câmara que ali só tinha ladrão.
Vamos a narrativa de VICK.
Este é Mário Juruna, ele foi deputado federal pelo PDT, eleito em 1983. Honesto e destemido, andava pelo planalto com um gravador que o ajudava a denunciar sucessivos esquemas de corrupção no período do regime militar.
Nessa fotografia, juruna devolveu publicamente, 30 milhões de Cruzeiros recebidos durante uma tentativa de suborno pro parte de um empresário ligado à Paulo maluf. resultado? O político não conseguiu se reeleger e sofreu represálias de muitos colegas até o fim de sua vida pública. Pobre e esquecido, morreu em 2002, em decorrência de diabetes e hipertensão. Não se fazem mais políticos como juruna!
Fica aqui minha breve homenagem!
Saiba mais: Faz 16 anos que nosso irmão e companheiro Mário Juruna (Xavante) nos deixou. Foi o único deputado federal índio na história do Brasil, eleito pelo PDT /RJ (1983-1987). Responsável pela criação da Comissão Permanente do Índio, que levou o problema indígena ao reconhecimento oficial.
Era destemido, enfrentavam os generais e a cúpula em plena Ditadura Militar, pelos direitos indígenas.
O Cacique Juruna, foi também o único deputado na história do Brasil a denunciar o esquema de corrupção entre os políticos. Mostrando (foto) e devolvendo publicamente os 30 milhões de cruzeiros recebido na tentativa de suborno em 1984 por parte do empresário Calim Eid para votar em Paulo Maluf, candidato dos militares à presidência da República no colégio eleitoral.
Votou em Tancredo Neves pelos direitos indígenas, até hoje não cumpridos.
Não conseguiu se reeleger nas eleições de 1986, mas continuou ativo na política por vários anos.
Esquecido, pobre vindo a falecer em decorrência de diabetes e hipertensão em 17 de julho de 2002.
“Duas coisas ficam bem claras neste texto: Primeiro, que a corrupção era fato corriqueiro na ditadura militar. Segundo, que os políticos que não se dobram à corrupção não se reelegem e ficam relegados aos esquecimento. Então, como já argumentamos muitas vezes; o que move nosso país é a corrupção; não só na política, mas em todos as esferas da sociedade.”