O ex-ministro Guilherme Afif Domingos, que busca espaço no PSD para ser pré-candidato à Presidência da República, afirmou nesta sexta-feira, 27, acreditar que a Operação Lava Jato pode comprometer o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) e levar a um quadro ainda maior de pulverização de candidaturas de centro, permitindo que o PSD tenha candidato próprio.
“As pessoas não têm identificação com praticamente nenhum dos candidatos. Vai rolar muita água com lama ainda. Tem 90 dias para definir se vai ter uma aliança ou pulverização”, declarou Afif, após participar de um seminário promovido pela União Geral dos Trabalhadores (UGT), em São Paulo.
Na sequência, Afif esclareceu que a “lama” a que se referia era a Operação Lava Jato, que pode atingir Alckmin, com quem o PSD mantém conversas, e outros presidenciáveis, segundo ele. Afif disse que vai trabalhar contra uma aliança com o tucano. “Vamos aguardar para ver se ele Alckmin efetivamente é um candidato que forma várias correntes. Se não, vamos sozinho”, declarou o ex-ministro, que preside a Fundação Espaço Democrático, braço teórico do PSD. Ele afirmou que a aliança do partido com o PSDB em São Paulo não interfere no cenário nacional.