01/05/2018 às 08h30min - Atualizada em 01/05/2018 às 08h30min

Fim do terror. Polícia desmonta “quadrilha ostentação” de Ceilândia

Organização criminosa cometia tráfico de drogas, roubos e homicídios no Setor O

Jbr
Menos “terror e pânico” em Ceilândia. A 24ª Delegacia de Polícia fez operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por tráfico de drogas, roubos, homicídios e receptações na região do Setor O. A quadrilha se intitulava “13 Terror e Pânico” e utilizava as redes sociais e pichações nas ruas para ostentar poder. Quatro homens foram presos, entretanto, a polícia ainda está procurando mais envolvidos.

Foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão, além de mandados de prisão preventiva. Também ocorreram prisões em flagrante. Durante as buscas em cinco residências, as autoridades apreenderam munições, R$ 700 em espécie, porções de maconha, crack e cocaína, balanças de precisão e cinco celulares roubados. Todas as drogas estavam embaladas, prontas para a venda.

Rafael Jorge dos Santos Mendes, conhecido como “Cara de Lápis”, 23, responderá por tentativa de homicídio, posse de munição e tráfico de drogas. Moisés Camelo de Sousa “Morcego”, 29, pelos crimes de desobediência, receptação e tráfico. William Barrozo Ferreiro, 35 anos, será indiciado por tráfico, e Joselias da Costa, 44, por receptação. Duas mulheres, possíveis envolvidas com o grupo, foram autuadas na delegacia por uso e porte de substâncias entorpecentes.
O delegado-chefe da 24 ªDP, Ricardo Viana,, confirma que há dezenas de pessoas envolvidas na quadrilha. “Eles eram bastante perigosos. Identificamos o envolvimento do grupo em pelo menos quatro assassinatos e uma tentativa de homicídio”, afirma. A vítima sobrevivente conseguiu ajudar as autoridades a identificar os criminosos.
 

egundo Viana, a gangue era bastante violenta. “Eles assassinavam com frieza quem devia dinheiro de drogas ou quem delatava as atividades do bando. Membros da própria quadrilha eram mortos caso fossem pegos e contassem algo para a polícia”, comenta. Rafael e Moisés são apontados como os “cabeças” da gangue. Em alguns dos crimes, as vítimas eram testemunhas de homicídios cometidos pelo próprio bando, uma espécie de queima de arquivo.

O delegado também notou uma movimentação estranha durante as buscas e prisões. Alguns comércios começaram a fechar em plena sexta-feira. “A gente não sabe dizer se era por causa de nós [policiais] ou por uma ordem dos membros da quadrilha”, relata. Em uma das distribuidoras, Viana relatou ter encontrado pichações com o nome do bando.
A Operação Faber Castel recebeu esse nome por causa do apelido de Rafael. Foram dois anos de investigação. Agora, a 24ª DP trabalha para identificar e prender os integrantes restantes. “A quadrilha ainda não foi extinta, mas, estamos trabalhando para reprimi-los o máximo possível”, finaliza o delegado.

 


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