Investigado na operação Lava Jato, o presidente nacional do Partido Republicano da Ordem Social (Pros), Eurípedes Júnior, foi intimado e terá de depor na 11ª Delegacia de Planaltina de Goiás, no dia 3 de maio. O cacique terá de prestar esclarecimentos ao delegado Cristiomário Medeiros após a Polícia Federal solicitar, via carta precatória, que a unidade da polícia goiana colha o depoimento do comandante partidário.
Euripedes Júnior está sendo investigado após acusação de recebimento de propina por empreiteiras, via caixa 2, em troca de apoio do PROS à coligação da ex-presidente Dilma Rousseff, em 2014. A PF afirma que, em troca, o governo garantiria vantagens à construtora Odebrecht. Segundo a denúncia, o partido vendeu tempo na TV para campanha de reeleição de Dilma e também para as de diversos candidatos nos estados.
Em contato com a coluna, o advogado Bruno Pena, defensor de Eurípedes Júnior, informou que entregou manifestação à Polícia Federal para que o presidente do PROS seja ouvido diretamente em São Paulo. “O fato é que o delegado responsável da delegacia de Planaltina de Goiás foi candidato à prefeitura da cidade, mas acabou derrotado justamente pelo candidato do partido ao qual Eurípedes Júnior é presidente nacional”, disse.
Em situações de carta-precatória, as perguntas já são pré-estabelecidas pelo titular das investigações. Caso a PF não aceite o pedido da defesa, a oitiva será mantida em Planaltina. O não comparecimento de Eurípedes Júnior, na data e hora agendadas, poderá ser considerado crime de desobediência.