O tema da segurança pública foi recorrente na sessão ordinária desta quarta-feira (9), na Câmara Legislativa. O deputado Chico Vigilante (PT) contestou declarações de integrantes da Secretaria de Segurança que apontariam para uma melhoria nos números relativos à pasta. "Dizem que caiu a violência no DF. Ora, é só ir em qualquer cidade para averiguar a total falta de segurança. Qualquer um que ande de ônibus sabe que assaltos acontecem a todo momento", afirmou o distrital.
Cláudio Abrantes (PDT) ressaltou que as estatísticas apresentadas pelo governo não refletem a realidade. "São números maquiados. Por exemplo, os casos de tentativa de homicídio que depois acabam infelizmente se consumando permanecem contabilizados como tentativas", citou Abrantes. O distrital também reclamou do não cumprimento de lei de sua autoria. "A lei que prevê a instalação do botão do pânico nos ônibus do sistema de transporte coletivo foi aprovada por esta Casa e se inspira em modelo que funciona muito bem na cidade de Belo Horizonte. Mas aqui, o governo se recusa a implementar", lamentou.
Para o deputado Wellington Luiz (PMDB), falta apoio para as corporações policiais. "Com viaturas sucateadas e falta de equipamentos de segurança, muitos policiais sentem receio de prestar atendimento", reclamou. O deputado também apresentou exemplos de vários episódios de violência que vêm se repetindo no DF. "Todos aqui têm um conhecido que já foi assaltado", enfatizou.
O líder do governo, Agaciel Maia (PR), procurou rebater as críticas, lembrando que o governo recentemente fez a progressão de patente de vários militares e ressaltando que os números da economia do DF vêm apresentando melhora, o que, segundo Agaciel, "facilitará o trabalho do próximo governador, que não enfrentará em seu início de mandato o que este governo teve que enfrentar".
Corumbá – O deputado Joe Valle (PDT) criticou a intenção da Companhia Energética de Brasília (CEB) de vender parte de sua participação em Corumbá IV. "Nossa esperança sobre o fim do racionamento de água paira sobre Corumbá. Essa é uma reserva aquífera que poderia abastecer o DF pelos próximos 10 ou 15 anos, mas se parte daquela água for destinada para geração de energia, poderemos enfrentar graves problemas", alertou Valle. O parlamentar ressaltou que "não há nenhum outro projeto de captação de água para substituir Corumbá".