As centrais sindicais brasileiras divulgaram nota nesta sexta-feira, 25, criticando a decisão do governo federal de convocar as forças nacionais de segurança para desbloquear as estradas paralisadas pela greve dos caminhoneiros.
A ação “é querer apagar fogo com gasolina, ou seja, só acirra e dificulta uma solução equilibrada”, afirma o texto.
As centrais também se ofereceram para mediar a negociação sobre a greve, que se arrasta desde o início da semana.
“Comunico que acionei as forças federais de segurança para desbloquear as estradas e solicito que os governadores façam o mesmo. Não vamos permitir que população fique sem itens de primeira necessidade, que consumidores fiquem sem produto, que hospitais não funcionem”, afirmou Temer. “Governo teve coragem de dialogar e terá coragem agora de exercer sua autoridade diante do povo”, completou.Pouco antes, o presidente Michel Temer havia anunciado a implantação imediata de um plano de segurança para superar os efeitos do desabastecimento causado pela paralisação dos caminhoneiros.
Segundo Temer, quem continuar bloqueando as estradas será responsabilizado e punido. “Vamos garantir o abastecimento. O acordo está assinado e cumpri-lo é a melhor alternativa. O governo espera e confia que cada caminhoneiro cumpra o seu papel”, acrescentou.
O presidente lembrou que a União irá ressarcir a Petrobras para garantir a redução de 10% do preço do diesel e apontou que o acordo prevê a estabilidade de preços a cada 30 dias. Eles citou que governo também firmou acordo com o Congresso para zerar a Cide sobre o diesel.
“Desde o início da semana o Brasil e os brasileiros vem sofrendo com a paralisação dos caminhoneiros. Começamos a tomar previdências ainda no domingo para atender as suas demandas e ontem chegamos a um acordo com as lideranças nacionais dos caminhoneiros”, afirmou o presidente da República.
Temer alegou que o governo atendeu as 12 reivindicações prioritárias dos caminhoneiros, que teriam se comprometido a encerrar a paralisação imediatamente. “Esse foi o compromisso conjunto e deveria ter sido o resultado do diálogo. Muitos caminhoneiros têm feto a sua parte, mas infelizmente uma minoria radical continua bloqueado as estradas”, relatou.