30/05/2018 às 19h19min - Atualizada em 30/05/2018 às 19h19min

Se a paralisação dos caminhoneiros era ilegítima, por que o governo cedeu?

O governo Michel Temer com os seus erros está dando chances ao assanhamento do moribundo PT, que deixou o país à beira da bancarrota e a Petrobras endividada.

Júlio César Cardoso
Júlio César Cardoso

 

 

O governo em vez de enxugar o excrescente gasto nos Três Poderes, para subsidiar a economia nacional,  preferiu solver a dívida da Petrobras onerando a despesa dos transportadores da produção nacional, bem como dos consumidores, com os sucessivos abusos de aumentos de preços dos derivados de petróleo, com reflexos negativos no bolso de todos.

 

Trata-se de governo fraco, insensível e que revelou incompetência ou má vontade de negociar tempestivamente com os  representantes  dos caminhoneiros, que já davam sinal  insatisfação. Portanto, o governo, ao subestimar a força da categoria, assumiu a responsabilidade de indenizar  aqueles  que foram prejudicados pela paralisação.

 

Se  a paralisação dos caminhoneiros fosse injusta, ilegal ou uma ação deliberada para desestabilizar a autoridade do presidente da República, o governo não deveria ter cedido em nada. Se cedeu é porque reconheceu o seu erro, ficando, assim, desmoralizado.

 

Desta forma, sem outra intervenção  para (1) botar ordem no país; (2) fazer uma varredura nessa cambada política e punir com rapidez os larápios da República; (3) sacudir o Congresso Nacional repleto de corruptos; (4) mudar a forma de preenchimento dos membros do STF; (5) desinchar os gastos dos Três Poderes etc.,  a eleição do novo presidente da República não  vai adiantar nada.

 

O país está doente e precisa urgentemente de um remédio amargo. Ninguém de sã consciência deseja governo militar, mas a situação em que está o país requer um governo de pulso, de ordem e progresso, nem que seja por pouco tempo.

Júlio César Cardoso

Bacharel em Direito e servidor federal aposentado

Balneário Camboriú-SC


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