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G1
foi ao local em Águas Claras nesta sexta-feira (8), e se deparou com um canteiro de obras. A fachada já foi descaracterizada, e o acesso, coberto por tapumes de metal. A reportagem não conseguiu contato com o proprietário do posto para perguntar o que será feito no lote.
Segundo a empresa, o posto – que funcionava com a bandeira da Petrobras – já vinha descumprindo o contrato há cerca de dois anos. O preço abusivo, segundo a BR Distribuidora, foi "o ponto final da questão".
A Petrobras não informou quais foram as outras normas descumpridas, mas explicou que "há recomendações" que o revendedor de uma distribuidora desse porte deve cumprir.
A lista inclui: comprar combustível apenas da distribuidora vinculada, participar das campanhas e promoções da rede, e fazer todos os pagamentos no prazo.
Ainda segundo a Petrobras, o posto que recebeu ordem de fechamento sempre pertenceu à bandeira BR. Há quatro meses, devido aos conflitos com a rede, a fachada foi "renomeada" para a sigla JR.
A distribuidora diz, ainda, que fez várias notificações extrajudiciais nos últimos anos. Sem sucesso, teve de recorrer à Justiça para garantir o fechamento do comércio.
Relembre
O cartaz de R$ 9,99 surgiu na madrugada do último dia 24, quando os estoques de combustíveis no DF começaram a sumir. O motivo era a greve de caminhoneiros, que complicou o fluxo de produtos para a capital federal por quase duas semanas.
Mesmo com o valor abusivo, havia dezenas de carros enfileirados para encher o ranque. "Todos que estavam na fila abasteceram a esse preço", contou o servidor público Alex Nunes, naquele momento.
Os consumidores também informaram que o posto estava se recusando a emitir nota fiscal. Com as reclamações, cerca de meia hora depois do registro, o valor caiu para R$ 5,99 – uma cifra acima do que, depois, foi definido como "teto" para o combustível no DF.
Na época, ninguém do posto quis comentar o assunto. No dia 25, poucas horas após o flagrante, a Polícia Civil informou a
abertura de uma investigação contra o estabelecimento. A suspeita é de aumento abusivo de preço, considerado crime contra a economia popular.