A Polícia Civil do DF, por intermédio da 24ª DP, apreendeu, na quarta-
feira (27), um adolescente, de 17 anos. Contra ele havia um mandado de
busca e apreensão por ato infracional análogo ao crime de homicídio. No
momento da ação policial, o jovem estava com uma pistola, calibre 765,
municiada.
Conforme investigado, o adolescente é um dos líderes da Gangue 17
do Mal. Ele também foi um dos ocupantes do veículo de onde houve disparos
de arma de fogo que atingiram a criança Maria Eduarda Rodrigues de
Amorim, 5 anos, que veio a óbito. O crime ocorreu no dia 21 de maio deste
ano, na QNO 18 – Ceilândia.
Investigação – Os disparos que mataram Maria Eduarda e deixaram um irmão dela, de 19 anos, ferido, saíram de um Voyage preto. A suspeita é de que os três adolescentes teriam roubado o veículo cerca de 20 minutos antes. Um agente encontrou o carro abandonado, na noite de terça-feira, em Ceilândia. Outra vítima recente da disputa entre jovens moradores da QNO 17 e QNO 18 é um rapaz 17 anos, jogador de futebol amador, assassinado em uma parada de ônibus da QNO 17, ao lado da irmã de 12 anos.
A dupla o espancou e o ameaçou de morte. Até então, ela não teria nenhum envolvimento na rixa entre as quadras.Agentes da 24ª Delegacia de Polícia afirmam ter apreendido suspeitos dos crimes, em operações desencadeadas pela unidade para desarticular o comando das gangues da região. A matança teria reiniciado após um dos adolescentes fugir de um centro de internação e retornar à QNO 18, onde mora, há uma semana. Com um amigo, também morador da área, ele encontrou um terceiro adolescente, rival, residente na QNO 17, em 17 de maio.
Três dias depois, no domingo, o adolescente da QNO 17 e um amigo foram a uma parada de ônibus da quadra. Encontraram o jogador de futebol amador de 17 anos e a irmã dele. No mesmo momento, passou o bando da QNO 18 que havia agredido o rapaz da 17. A turma da 18 abordou o jovem atleta. Questionaram a quadra dele. Antes que reagisse, o menino levou três tiros. Caiu morto ao lado da irmã. Parentes, vizinhos e policiais garantem que eles não tinham envolvimento com gangue ou crime algum.