30/06/2018 às 07h15min - Atualizada em 30/06/2018 às 07h15min

Empresário que negociava carros roubados diz ter herança milionária do pai

O homem de 42 anos foi preso com um carro clonado, que tinha sido furtado de uma locadora de veículos, em Palmas (TO)

Jbr

O empresário Peterson Tolentino Forte Cuadra, preso sob a suspeita de envolvimento em roubos de carros, possui diversos empreendimentos imobiliários e afirmou à Polícia Civil que conseguiu tudo por meio de uma herança do pai.  Um dos apartamentos dele, de 300 m², é avaliado em R$ 2 milhões. A ação da Divisão de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos (DRFV) também prendeu o técnico em informática Gedan Benito Fernandes,  de 27.

Os mandados de prisão preventiva e busca e apreensão foram cumpridos na quinta-feira (28). À ocasião, Peterson foi surpreendido em casa, em um condomínio de luxo em Águas Claras. Gedan, por sua vez, foi preso no Guará.

Na garagem do prédio de Peterson, os investigadores encontraram um carro clonado, que havia sido furtado de uma locadora de veículos, Palmas (TO). O veículo estava sob a posse do empresário há pelo menos uma semana. Ao ser questionado sobre os seus empreendimentos e imóveis, o homem afirmou que recebeu uma herança do pai. “Não dá pra saber se ele estava envolvido [nos roubo] por pura ganância ou se estava passando dificuldades nos negócios”, comenta Seixas.
 

De acordo com o diretor da DRFV, o delegado Raphael Seixas, as prisões decorreram da continuação de uma investigação iniciada em 2017. Naquela ocasião, Lucas Rodrigues de Oliveira foi preso em 5 de Setembro com um veículo roubado. “Nós tínhamos a informação de que Lucas estava na posse de dois veículos ilegais. Entretanto, só encontramos um deles. Por isso, decidimos investigar o destino do outro carro e a possível participação de outras pessoas”, esclarece. Um dos veículos tinha sido roubado na Asa Sul e o outro no Cruzeiro.

O intervalo entre o roubo dos carros era muito curto, menos de uma hora, e chamou a atenção dos policiais. Lucas, na época, era foragido e estava morando em um dos imóveis de Peterson. “A dupla serviu de apoio para Lucas em um dos roubos, utilizando uma camionete. No outro, só conseguimos comprovar a a participação de Peterson”, explica o delegado.

A dupla irá responder pelos crimes de roubo, e o empresário deve responder por receptação separadamente. Já no caso de Lucas, o homem já recebeu a condenação pelos dois roubos e ficará aproximadamente seis anos preso. Agora, a investigação irá se concentrar em identificar uma possível participação de outra pessoa nos crimes.


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