O PDT de Brasília está entre a cruz e a espada. Pressionados pela direção nacional da legenda, os brizolistas da capital da República têm apenas dois caminhos a seguir: fechar uma aliança com o PSB do governador Rodrigo Rollemnberg, ou seguir rumo próprio e disputar o governo. A aliança com Jofran Frejat (PR), está fora de cogitação.
Uma decisão pode ser anunciada no decorrer das próximas horas. Ciro Gomes, presidenciável do partido, precisa mais do que nunca de um palanque em Brasília. Ocorre que Marina Silva, da Rede, também pensa do mesmo jeito, e já jogou Chico Leite nos color de Rollemberg, para compor a chapa majoritária ao Senado.
O cenário que se desenha é que Joe Valle, presidente da Câmara Legislativa, concorra como vice-governador. Na pior das hipóteses, a legenda lançará candidato próprio. Se não for Joe, pode ser Hélio Doyle, que sonha em ensinar Rollemberg (de quem foi mentor) como se governa uma unidade federativa tão importante como o Distrito Federal.
Resta ao PDT, assim, procurar o rumo. Se for certo ou não, pode ser com Rollemberg. Ou, numa aposta de risco, aparecer como uma alternativa ao Palácio do Buriti. Carlos Lupi, presidente nacional da legenda, está pressionando o partido em Brasília para que a aliança com o PSB seja formalizada. Se essa possibilidade for confirmada, o governador ganha fôlego para tentar a reeleição.Se dependesse apenas de Joe Valle, ele fecharia apoio a Frejat. O distrital avalia que a nominata do até gora líder das pesquisas poderia levá-lo a vencer uma das vagas ao Senado. Porém – há sempre um porém no processo eleitoral – Alberto Fraga (DEM) e Paulo Octávio (PP) já estariam garantidos na aliança.
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