O nome faz referência à quadra onde foram mortos o ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) José Guilherme Villela, a mulher dele e a empregada da família, em 2009 (leia mais no fim da reportagem).
O processo interno contra a ex-delegada corria desde 2012. A decisão foi fundamentada em quatro leis federais. O governo considerou que ela cometeu três transgressões disciplinares:
A investigação do Ministério Público apontou que, ao longo de oito meses, a delegada se baseou em informações de uma vidente para dar andamento às investigações. Além disso, segundo o MP, ela teria ordenado "tortura física e psicológica" para que três suspeitos confessassem os crimes.
Na época da primeira condenação na Justiça, o advogado dela, Paulo Suzano, chamou de "conversa fiada" as denúncias do MP a respeito de tortura.
Além de Martha Vargas, foi demitido o agente da Polícia Civil José Augusto Alves, que também trabalhou no caso.
O ex-ministro do TSE José Guilherme Villela, a mulher dele e a empregada da família foram encontrados mortos com 78 facadas no dia 31 de agosto de 2009. O caso ficou conhecido como “o crime da 113 Sul”, em referência ao endereço onde a família morava.
Os corpos foram encontrados em estado de decomposição. Uma neta do casal afirmou à polícia que os avós não tinham aparecido desde a sexta-feira anterior à descoberta dos corpos ao escritório de advocacia que Villela mantinha em Brasília.
Mineiro da cidade de Manhuaçu, Villela tinha 73 anos. Chegou a Brasília nos anos 60. Atuou como procurador do Tribunal de Contas do Distrito Federal e, na década de 80, como ministro do TSE. Como advogado, atuou no caso Collor, em 1992, e, mais recentemente, no processo do mensalão, a partir de 2005.
Os três homens acusados do homicídio foram condenados a mais de 55 anos de prisão. Já Adriana Villela, filha do casal, aguarda em liberdade, oito anos após o crime.
Martha Vargas continua em liberdade, aguardando recurso no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Com mais de 30 anos de profissão, se aposentou durante o processo no qual era ré na Justiça. O G1 não conseguiu contato com a defesa dela.