30/07/2018 às 07h37min - Atualizada em 30/07/2018 às 07h37min

Ainda há muitas peças soltas na montagem das candidaturas

Metrópoles

O prazo para a realização das convenções partidárias termina no próximo domingo (5/8) e ainda não se sabe, com segurança, quem será o principal adversário do governador Rodrigo Rollemberg (PSB), que disputará a reeleição apesar de uma rejeição superior a 80%. A pouco explicada desistência de Jofran Frejat (PR) desarticulou não só o grupo que o acompanhava como também o que tinha o deputado Izalci Lucas (PSDB) como candidato a governador.

Parte dos que estavam em torno de Frejat lançaram na semana passada a candidatura do advogado Ibaneis Rocha, do MDB, tendo como vice Anna Christina (PP), que é Kubitschek por parte da mãe, Márcia, e Pereira por parte do marido, Paulo Octávio. Os candidatos ao Senado não foram anunciados. Essa chapa tem o apoio do ex-vice-governador Tadeu Filippelli e, claro, de Paulo Octávio.

Já Izalci Lucas foi escanteado pelos antes aliados Cristovam Buarque (PPS) e Rogério Rosso (PSD). Tendo como pretexto as dificuldades de Izalci para se garantir como candidato dos divididos tucanos de Brasília, Cristovam apresentou Rosso para governador e com chapa completa: o pastor evangélico Egmar Tavares (PRB) como vice e ele, Cristovam, e o empresário Fernando Marques (Solidariedade) como postulantes ao Senado.

 

Frustraram-se, assim, aparentemente, os planos do ex-governador José Roberto Arruda (PR) de aproveitar a desistência de Frejat para montar uma chapa única do bloco originado no grupo político do ex-governador Joaquim Roriz. Que, na verdade, não seria única, pois a ex-deputada Eliana Pedrosa (Pros) manteve firme sua candidatura, ao lado do também ex-deputado Alírio Neto (PTB), seu vice. A dupla tem Joaquim Roriz Neto como principal candidato a deputado federal e tenta convencer Weslian Roriz a disputar o Senado.

Izalci e o deputado Alberto Fraga (DEM), que não foi contemplado até agora nas três composições do bloco com origem em Roriz, dizem que serão candidatos ao governo. Izalci porque está há mais de três anos trabalhando sua candidatura, Fraga porque não vê em Ibaneis e Rosso mais condições do que ele para disputar o governo, e diz isso claramente. Como as chapas de Ibaneis e Pedrosa não estão fechadas, Fraga poderia ser candidato ao Senado em uma delas, ou compor nova coligação com Izalci.

Mas Arruda (que se mantém discreto nas articulações), Izalci e Fraga consideram que, apesar do lançamento de Ibaneis e Rosso, nada é definitivo e as intermináveis conversas continuarão nos próximos dias. Tudo, segundo eles, pode mudar até o prazo final para a realização de convenções, em 5 de agosto.

De certo mesmo, por enquanto, só os sete candidatos já sacramentados em convenções: Rollemberg, Eliana Pedrosa, Alexandre Guerra (Novo), Fátima Sousa (PSol), Júlio Miragaya (PT), Antonio Guillen (PSTU) e Paulo Thiago (PRTB). E três deles, Rollemberg, Pedrosa e Paulo Thiago, ainda não fecharam as chapas, em busca de mais aliados.

O governador, que nos últimos dias perdeu dois apoios (PRB e Solidariedade, agora fechados com Rosso), ainda espera o PDT – que lançou o ex-deputado Peniel Pacheco para governador e o distrital Joe Valle para o Senado. Mas o próprio Peniel anda desconfiado de essa chapa não ser para valer, e Valle, depois de ter conversas com todas as vertentes do bloco rorizista, procurando se colocar como candidato ao Senado, isolou-se em sua fazenda.


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