O PT vai indicar o nome de um vice para compor a chapa nas eleições 2018 com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso pela Lava Jato, no Encontro Nacional do partido que acontece neste sábado (4/8), em São Paulo. Um dos nomes cogitados é o do ex-prefeito Fernando Haddad. Existem outras opções.
A escolha de Haddad, segundo dirigentes, seria um indicativo de que o ex-prefeito é mesmo o favorito para substituir Lula na disputa presidencial caso o ex-presidente seja barrado pela Lei da Ficha Limpa.
As outras opções são Manuela d’Ávila, oficializada candidata à Presidência pelo PCdoB, ou um vice “laranja”, do próprio PT, que cumpriria a função de ser um dos porta-vozes de Lula durante a campanha mas que poderia ser substituído em um segundo momento, quando a situação do ex-presidente estiver definida.
A indicação de Jaques Wagner, outro “plano B”, para vice seria mais difícil porque o ex-ministro vai ter que registrar a candidatura ao Senado pela Bahia também até domingo.
A estratégia inicial do PT era que o Encontro Nacional amanhã homologasse o nome de Lula para candidato a presidente e delegasse à direção nacional do partido a incumbência de escolher o vice até o dia 14 de agosto.
No entanto, os advogados do PT chagaram à conclusão de que a estratégia é arriscada já que, embora existam jurisprudências conflitantes, a lei eleitoral prevê a escolha de candidatos a presidente e vice até 24 horas depois do prazo final para as convenções, que vence domingo.
Haddad pode ser indicado vice e ser colocado na cabeça de chapa
Caso o nome de Haddad seja escolhido para vice, o ex-prefeito pode tanto ser substituído por um representante de outro partido quanto ser colocado na cabeça da chapa, no lugar de Lula.
O nome preferido para ser o vice “definitivo” é o da presidenciável do PCdoB. “O único nome que temos a possibilidade de ter agora é a Manuela”, disse o ex-ministro Gilberto Carvalho.