03/08/2018 às 18h46min - Atualizada em 03/08/2018 às 18h46min

CORRUPÇÃO PODE TIRAR WANDERLEY DA SUPLÊNCIA DE CRISTOVAM

Notibras

Depois do imbróglio Wilmar Lacerda (PT), o senador Cristovam Buarque (PPS), tem um novo abacaxi para descascar. É Wanderley Tavares (PRB), virtual suplente na chapa em que ele disputará mais um mandato no Senado. Como Wilmar (denunciado por corrupção de menores), Wanderley também tem contas a acertar com a Justiça. Nesta sexta, 3, foi aceita denúncia contra ele pela Justiça Federal do Rio, por suspeita de corrupção.

Com esse novo problema pela frente, correligionários do senador estão sugerindo a Cristovam tirar Wanderley da suplência, substituindo-o por um nome com passado limpo. “Será um erro dele (Cristovam) manter o presidente do PRB na chapa”, comentou um influente colaborador do senador brasiliense em conversa com Notibras.

Esse interlocutor lembrou o episódio de Wilmar Lacerda, que esteve prestes a assumir o mandato quando Cristovam acenou com a necessidade de se afastar do Senado para cuidar de interesses pessoais e partidários.  Na época – final do ano passado – Wilmar e o próprio Cristovam foram bombardeados com denúncias de que o suplente estaria envolvido com abuso sexual de menores.
 

Depois de muito se explicar, Cristovam Buarque recuou da decisão de se licenciar. E o caso foi esquecido. O temor agora é que o senador, mantendo Wanderley Tavares como suplente, se veja obrigado, durante a campanha, a esclarecer novamente como mantém – reincidente -, um suplente sob suspeição em sua chapa.

Quem vive ao lado de Cristovam sabe que ele tem um nome a zelar. Afinal, ele é o senador que mais aprovou leis desde a redemocratização do País. Esse, aliás, é um dos motivos que fará o PPS aclamá-lo por unanimidade na convenção do partido na tarde desta sexta-feira, como candidato a mais um mandato.

Sobre enfrentar as urnas mais uma vez, Cristovam admite que estaria sendo omisso se “não se colocasse à disposição de Brasília e do País nesses próximos quatro anos”. Até porque, sublinhou, “teremos no Palácio do Planalto um presidente legitimado pelos votos e caberá a ele a condução de uma política para a retomada do desenvolvimento, tirando o Brasil do caos em que se encontra”.


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