11/08/2018 às 09h34min - Atualizada em 11/08/2018 às 09h34min
Dezenove candidatos do DF concorrem às duas vagas no Senado Federal
Mandato de oito anos, remuneração alta e foro privilegiado fazem com que a disputa pela Casa seja uma das mais concorridas no pleito. Por causa das costuras políticas, nomes dos concorrentes ainda podem mudar até o início da campanha
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Em 58 dias, o brasiliense emplacará dois novos representantes do DF no Senado. A lista de atrativos é extensa e resguarda a possibilidade de mandato de oito anos, concorrer a outro cargo eletivo em 2022 sem perder o espaço no Legislativo em caso de derrota, foro privilegiado, visibilidade, além de remunerações e regalias, que, somadas, podem atingir a casa do R$ 1 milhão ao ano. Por ora, 19 nomes, referendados em convenções partidárias, miram as vagas. Mas o quadro pode mudar, a depender das costuras políticas, até quarta-feira, data-limite para o registro de candidaturas e coligações na Justiça Eleitoral.
Há dias, chapas pré-moldadas, que dividem o espólio de centro-direita, avaliam se unir para ampliar o tempo de propaganda gratuita na tevê e no rádio e evitar a pulverização de votos. Mas, antes de fechar acordo, estudam o impacto das alianças nas chances dos respectivos deputados federais.
Para viabilizar trocas de última hora, algumas frentes políticas indicaram, nas atas das convenções partidárias, nomes de fachada ao Senado e à Vice-Governadoria. Os candidatos em questão podem ser substituídos, caso novos acordos sejam fechados. O ex-governador José Roberto Arruda (PR) costura a união da frente encabeçada pelo deputado federal Alberto Fraga (DEM) às coligações da ex-distrital Eliana Pedrosa (Pros) ou do advogado Ibaneis Rocha (MDB). As tratativas, porém, têm esbarrado no fato de nenhum dos três abrir mão da briga pelo Buriti.
Se as rodas de conversa surtirem efeito pelo menos três candidatos ao Senado podem sair de cena para que as chapas comportem os novos aliados. No grupo formado por PSDB, PR e DEM, a prioridade à vaga é do tucano Izalci Lucas, que desistiu da corrida pelo GDF para apoiar Fraga. A candidatura da vice-presidente da Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep), Amábile Pacios (PSDB), portanto, pode ser reavaliada se surgir outro nome no páreo. “Há pesquisas em andamento que podem nos fazer reconsiderar o nome dela. Temos quatro grupos de direita e grande parte dos articuladores espera unir parte deles. Todos precisam fazer concessões”, explicou Izalci.
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Na chapa de Ibaneis, concorrem ao Senado o ex-procurador do Trabalho João Pedro Ferraz (PPL) e o ex-vice-governador Paulo Octávio (PP). Pela estrutura progressista e experiência política do empresário, retirá-lo da disputa não é uma opção. Na frente política de Eliana Pedrosa (Pros), avalia-se recuar da candidatura do secretário-geral do PTB no DF, Walisson Perônico, em caso de união de coligações. Isso porque a legenda dele detém a Vice-Governadoria, ocupada por Alírio Neto.
Com o quadro consolidado na próxima semana, os concorrentes terão em mãos a divisão exata do tempo à disposição. Conforme a lei, os concorrentes dividem dois blocos de sete minutos de propaganda gratuita no rádio e na tevê às segundas, quartas e sextas-feiras, a partir de 31 de agosto.