As apurações tiveram início em abril último, após o grupo roubar uma caminhonete em Valparaíso (GO), Região Metropolitana do Distrito Federal. Durante uma perseguição entre os bandidos e a Polícia Militar, Carlos Gabriel Mendonça, 20 anos, começou a trocar tiros com os policiais. “Eles acabaram abandonando o veículo e fugiram, mas deixaram a arma de fogo cair”, explica o delegado.
Foram quatro meses até a prisão dos acusados, que aconteceu na madrugada desta quarta-feira (15), em suas respectivas residências, localizadas em Luziânia (GO). Com eles foram recuperados dois caminhões, duas caminhonetes Toyota Hilux e dois carros VW Gol.
Operação
A operação foi batizada como “GPS” por conta do rastreamento dos caminhões. Os ladrões só concluíam o roubo após localizarem o aparelho dentro dos veículos e se livrarem dele. “Eles sabiam que seriam rastreados. Por isso, era a primeira iniciativa quando abordavam as vítimas”, explica Ehndo.
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Esquema
A quadrilha, composta por quatro pessoas, abordava os veículos na BR-040, entre os município de Valparaíso de Goiás e Luziânia. Em seguida, eles encaminhavam os carros para o Distrito Federal, onde eram entregues aos receptadores Silvone Moreira Rodrigues da Silva, 39 anos, e Rudson Rodrigues Pereira, 21. Além de levar os automóveis, na maioria das vezes os acusados subtraíam os pertences dos motoristas.
Ainda segundo a polícia, Silvone é dono de um ferro velho em Luziânia (GO), onde foram localizados alguns carros desmanchados. O objetivo da equipe era roubar o veículo, sempre durante a madrugada, e revendê-los. “Quando havia carga, eles também procuravam receptadores para vendê-las”, afirma o delegado.
Papéis de cada envolvido
Cada um dos integrantes tinha uma função no momento do crime. Denis Eduardo da Silva Ferreira, 25 anos, dirigia os veículos roubados, devido à habilidade dele para a condução. Ele agia em parceria com Diogo Batista dos Santos, 25, quando abordavam as vítimas. Seu papel principal era entregar o caminhão aos receptadores do DF.
Carlos Gabriel Mendonça ficava responsável pelo apoio aos comparsas em outro carro, com o objetivo de passar as orientações ao condutor do veículo roubado e escoltá-lo. “Ele avisava se houvesse blitz, por exemplo”, detalha.
A participação de Weverton Nepomuceno de Santana, 25, conhecido como “Sorriso”, era intermediar a negociação da carga roubada com receptadores do DF. “Os caminhões e caminhonetes só eram roubados se houvesse comprador”, diz Ehndo. Cada membro desta organização criminosa recebia cerca de R$ 9 mil por carro e carga roubada.
Todos os envolvidos responderão pelos crimes de associação criminosa armada e roubo circunstanciado. Caso sejam condenados, poderão pegar até 15 anos de prisão.