Em depoimento sigiloso à Procuradoria-Geral da República, o presidenciável Geraldo Alckmin confirmou que encontrou um delator da Odebrecht responsável por acusá-lo de ter recebido caixa dois. Anteriormente, o candidato havia negado publicamente a reunião. As informações foram divulgadas pelo jornal Folha de SP.
Segundo a reportagem, em depoimento prestado por escrito, em julho do ano passado, o advogado e primo do postulante José Eduardo Alckmin mencionou o encontro do tucano, em 2010, com Aluizio Araujo, membro do Conselho de Administração da Odebrecht. Na ocasião, também estava presente Carlos Armando Paschoal, à época, diretor-superintendente da empreiteira em São Paulo.
“Parece evidente que houve uma visita protocolar, na qual Aluizio levou o diretor Carlos Armando para apresentá-lo ao candidato, com vistas a uma futura contribuição de campanha”, disse o advogado. “Certamente, naquele momento, não se tratou de valores ou de como a doação se operacionalizaria, completou a defesa de Alckmin, segundo o jornal paulista.
Em 2010, Geraldo Alckmin disputou o governo de São Paulo. Paschoal, em delação homologada no ano passado, afirmou que no encontro foi acordada doação por meio de caixa dois de cerca de R$ 2 milhões.