27/10/2018 às 06h09min - Atualizada em 27/10/2018 às 06h09min

“Só um tsunami evitará eleição de Bolsonaro”, diz presidente do Ibope

Para Carlos Augusto Montenegro, resta saber “qual vai ser a diferença” entre o candidato do PSL e Fernando Haddad (PT)

Metrópoles

Só um “tsunami” poderia fazer Jair Bolsonaro (PSL) não ser eleito presidente da República no próximo domingo (28/10), diz o presidente do Ibope, Carlos Augusto Montenegro. Em entrevista ao Broadcast Político/Estadão, ele afirma que o cenário aponta, hoje, para a vitória do capitão da reserva. “A grande dúvida, como não haverá debate na TV e os fatos são esses que estão acontecendo, é qual vai ser a diferença (entre os dois postulantes)”, diz Montenegro.

Na mais recente pesquisa Ibope/Estado/TV Globo, divulgada na última terça-feira (23/10), Bolsonaro apareceu com 57% das intenções de voto, contra 43% de Fernando Haddad (PT) – em cálculo que considera apenas os votos válidos. A diferença entre ambos é de 14 pontos porcentuais, de acordo com o levantamento.

A vantagem do vencedor dependerá da acomodação final de votos dos eleitores que, hoje, se dizem indecisos e das abstenções, afirma Montenegro. “As abstenções podem correr de forma homogênea ou ficarem maiores em determinadas regiões”, pontua. Na consulta divulgada na terça pelo instituto, 3% dos eleitores se dizem indecisos ou não responderam ao questionamento sobre intenções de voto.

 

O Nordeste, região que declara mais simpatia por Fernando Haddad, pode registrar maior abstenção no segundo turno, ressalta o presidente do instituto. Como a eleição foi decidida logo na primeira etapa em sete estados nordestinos, parte do eleitorado pode ficar desmotivada a ir às urnas por não haver um candidato ao governo estadual que puxe votos, argumenta Montenegro.

A convicção de votos tanto do eleitorado de Bolsonaro quanto dos apoiadores de Haddad dificulta cenário de reversão na corrida ao Palácio do Planalto, frisa o dirigente do Ibope. “A certeza de votos dos dois candidatos é muito grande, e eles são antagonistas. Só um tsunami poderia fazer um eleitor do Haddad votar em Bolsonaro e vice-versa. Há uma guerra desde o início entre o anti-PT versus o PT.”


Link
Notícias Relacionadas »
Comentários »