O Partido Social Liberal (PSL) deve iniciar 2019 com a maior bancada na Câmara dos Deputados. Seduzidos pela eleição e popularidade do presidente Jair Bolsonaro, 10 parlamentares devem se unir à sigla, passando de 52 para 62 deputados na próxima legislatura. Esse número fará com que o PSL ultrapasse o Partido dos Trabalhadores, com 56 eleitos, até então futuro dono do maior corpo político na Casa. Movimento semelhante é feito para aumentar a quantidade de senadores – atualmente, quatro representantes.
A migração deve ocorrer principalmente pela cláusula de barreira. Sem conseguir cravar um quórum mínimo, os partidos perdem o direito ao fundo partidário e ao tempo de propaganda. Entre 30 siglas que elegeram parlamentares, nove não atingiram a cláusula de barreira: PCdoB, Rede, Patriotas, PHS, PRP, PMN, PTC, PPL e DC
A legislação permite a troca de partido para deputados de siglas que não conseguiram cumprir as regras estabelecidas sem cair na infidelidade partidária. Dentro desse grupo há 41 nomes aptos a trocar de legenda, sendo 32 deputados e nove senadores. O PSL tem buscado parlamentares de todos os tipos, menos os do campo progressista.
“Acredito que teremos aumento de 10 ou 12 deputados. O importante é crescer a bancada, não é uma competição para ser maior que a do PT”, explica Luciano Bivar, presidente do partido.
Desde a eleição de Bolsonaro à Presidência, em 28 de outubro, as conversas entre parlamentares eleitos e o PSL se intensificaram. Muitos deles, inclusive, estiveram em Brasília e selaram acordo verbal para ingressar no novo partido.
Uma das bancadas do PSL que devem ganhar reforços é a do Nordeste. Atualmente, ela é representados por cinco deputados: o presidente do PSL, Luciano Bivar, eleito por Pernambuco; Julian Lemos (PSL-PB); Professora Dayane Pimentel (PSL-BA); Heitor Freie (PSL-CE); e General Girão (PSL-RN). A eles devem se juntar os deputado federais Fernando Rodolfo (PHS-PE), Eduardo Braide (PMN-MA) e Pastor Gildenemyr (PMN-MA).
Um nome certo é a deputada Bia Kicis (PRP-DF). Ela contou ao Metrópoles, logo após o primeiro turno, que iria para o PSL. “Fui recebida com muito carinho pelo pessoal do PRP, mas o partido é pequeno e não conseguiu alcançar a cláusula de barreira. […] Já fui procurada pelo PSL e estarei comandando o partido no DF”, disse à época. Uma vaga confirmada é a de Marcelo Brum, eleito suplente pelo PSL e que assumirá a vaga de Onyx Lorenzoni, confirmado como ministro da Casa Civil.
Com uma bancada forte tanto na Câmara como no Senado, o PSL buscaria cargos na direção das duas Casas e também nas comissões. Partidos com maioria têm prioridade na escolha dos nomes e, portanto, facilidade para definir as pautas.
A nova bancada do PSL na Câmara:
A nova bancada do PSL no Senado: