24/11/2018 às 07h32min - Atualizada em 24/11/2018 às 07h32min

SEM A BRASILIENSE BIA KICIS, DISPUTA FICARÁ ENTRE GOIÁS, MINAS E PARANÁ

Notibras

Rodrigo Maia (DEM-RJ) não deve ser reconduzido ao comando da Câmara dos Deputados. Essa a tese dominante entre os partidários do presidente eleito Jair Bolsonaro. Cogitou-se o nome da novata Bia Kicis, eleita pelo PRP mas prestes a voltar ao PSL. Ela mesma desautorizou movimentos nesse sentido. ‘Tem gente na frente da fila. E isso deve ser respeitado’, pondera a brasiliense.

Com Bia fora, por vontade própria, ficam em ascensão dois nomes novos, mas com grande experiência parlamentar: João Campos (PRB-GO) e Paulo Eduardo Martins (PSC-PR). Outro postulante é Fábio Ramalho (MDB-MG), disposto a manter uma candidatura avulsa se sentir que haverá conflitos entre os outros dois pretendentes.

Maia é carta fora do baralho por dois motivos: supostas ligações perigosas com a esquerda e apoio incondicional, já no primeiro turno, à candidatura do tucano Geraldo Alckmin ao Palácio do Planalto. Bolsonaro não é rancoroso. Mas guarda algumas mágoas. Isso explica tudo. E o atual presidente da Câmara sabe das dificuldades que terá pela frente.


Rodrigo Maia sentiu o golpe. E espalhou que seu partido não faz parte do futuro governo, mesmo tendo três dos seus filiados como ministros. ‘Não há nenhuma indicação do DEM. Particularmente, não participei das negociações’, anunciou.Na expectativa de enfraquecer uma nova candidatura de Rodrigo Maia, os estrategistas de Jair Bolsonaro foram ardilosos ao mexer no tabuleiro do xadrez político. E deram um upper que está levando o deputado carioca à lona, contemplando três parlamentares do DEM para a Esplanada dos Ministérios – Onyx Lorenzoni (Casa Civil), Tereza Cristina (Agricultura) e Luiz Mandetta (Saúde).

Volta ao PSL – Conselheira de longa data de Bolsonaro, Bia Kicis prefere agir nos bastidores para eleger uma Mesa que ela considera ideal – e liberal. E enquanto articula essa candidatura, ela diz a meia voz que deseja presidir a poderosa Comissão de Constituição e Justiça. Na CCJ, avalia, poderá contribuir para aprovar projetos que viabilizem as propostas de campanha de Bolsonaro.

A deputada está arrumando a mala para voltar ao PSL, de onde saiu por desavenças com o presidente regional Newton Lins. Ele que promoveu uma aliança em Brasília com o MDB de Ibaneis Rocha, em detrimento do apoio ao general Paulo Chagas (PRP), que disputava o Palácio do Buriti com o apoio de Bolsonaro.

Entre as bandeiras de Bia Kicis na CCJ estão o Estatuto do Desarmamento e a redução da maioridade penal. As mudanças que ela prega podem, na sua opinião, conter o crescimento dos elevados índices de violência, que alimentam uma sensação de impunidade.

Bia também promete representar os interesses da mulher brasileira, que anda esquecida no Congresso Nacional. ‘Vamos olhar com atenção para a mulher comum, que vive o dia a dia, que batalha, que tem talento, que cumpre seus deveres como cidadã, mas que também quer emprego e não deseja ser dependente do Estado”, pontua.


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