Posse de Bolsonaro: caravanas têm pacote “patriotas” e “acampamento conservador”

De norte a sul do país, aliados do presidente eleito confirmam presença em evento que deve bater recorde de público na capital federal

09/12/2018 06h00 - Atualizado em 09/12/2018 às 06h00

Esqueça os disputados dias no litoral ou mesmo os famosos sete pulos nas ondas para entrar com o pé direito no primeiro dia do ano. Descarte até flores para Iemanjá ou os fogos nas areias das inúmeras praias brasileiras. A grande atração neste ano, pelo menos para um numeroso grupo de pessoas, será inverter o fluxo tradicional do Réveillon para acompanhar a posse do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), em Brasília.

Estabelecida em Campinas (SP), a agência de viagens A Via enxergou no evento de 1º de janeiro uma possibilidade de lucrar. A empresa lançou 14 pacotes – todos chamados “Patriotas” – com opções para o apoiador do pesselista testemunhar a transmissão da faixa presidencial ao capitão reformado do Exército e, de quebra, passar a virada na capital federal.
 

MATERIAL CEDIDO AO METRÓPOLES
Material cedido ao Metrópoles
Material cedido ao Metrópoles
Pin this!
Pin this!

Grupo se organiza para viajar para Brasília a fim de assistir à posse de Bolsonaro

O turista pode escolher entre planos que variam de R$ 350 a R$ 825. O mais simples, por exemplo, garante a viagem de ônibus de Campinas a Brasília, saindo em 31 de dezembro e retornando em 1º de janeiro, logo após a cerimônia presidencial. O bate-e-volta inclui ônibus classe turismo e exclui a necessidade de hospedagem.
 

O mais caro, por outro lado, inclui passagem aérea de Campinas para Brasília, duas diárias em hotel classe turismo com café da manhã, seguro viagem e, ainda, o ingresso para a “Confraternização Patriota” de final de ano. O pagamento pode ser parcelado em até seis vezes no cartão de crédito.

A mesma agência de viagem faz sátira aos adversários do futuro presidente da República. No pacote especial “Lula Molusco”, o viajante não tem a opção de escolher nenhuma modalidade sob a justificativa: “Este não viaja, está preso!”.