Em 6 de setembro, a diretoria da companhia divulgou que, além dos reajustes diários da gasolina, terá a opção de utilizar um mecanismo de proteção (hedge) complementar.
A alteração no valor do produto vendido pela Petrobras está relacionada à redução do preço do barril de petróleo, atrelada à baixa do dólar. Depois, nas distribuidoras, são aplicados os impostos sobre a mercadoria, além da margem de lucro. Os revendedores, por sua vez, também retiram sua fatia.
O aumento desta terça vem logo depois de o preço no litro da gasolina ter uma queda modestanos postos do Distrito Federal no início de dezembro. No sábado (8), era esperado que o valor subisse, de R$ 4,05 para R$ 4,09, mas nesta segunda-feira (10) ainda era possível abastecer pelo menor preço em alguns postos brasilienses.
Conta que não fecha
Conforme reportagem publicada pelo Metrópoles no dia 5, a diminuição do preço no litro da gasolina nas refinarias, que chegou a ultrapassar os R$ 5 em postos da capital em setembro, ainda não foi suficiente para aliviar o peso no bolso dos consumidores brasilienses. No último mês do ano, os motoristas ainda pagam caro e se sentem enganados quando percebem que, apesar da diminuição no valor cobrado nas refinarias, o preço nas bombas tem um acréscimo difícil de ser explicado de forma convincente.
O professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) Roberto Piscitelli ressalta que a principal razão para a diminuição do preço é a estabilidade do dólar. No entanto, o especialista critica a política de preços do petróleo. “O que a gente vem observando é que essa política de reajustes sistemáticos acaba favorecendo principalmente a última etapa da cadeia. Quando o preço se eleva, os empresários aumentam instantaneamente. Quando baixa, não se vê o mesmo movimento”, afirmou o economista.
“Enquanto não cortar os impostos, não vai resolver. Nem as distribuidoras têm mais gordura para queimar. A margem da revenda da distribuição, hoje, é em torno de R$ 0,70, enquanto o governo distrital leva R$ 1,40”, ressalta o presidente do Sindicombustíveis-DF, Paulo Tavares.