Após as primeiras denúncias de abuso sexual, o médium João de Deus retirou R$ 35 milhões de contas bancárias, de acordo com reportagem do jornal O Globo. O religioso é considerado foragido pelo Ministério Público de Goiás.
Segundo a publicação, investigadores identificaram movimentações financeiras na última quarta (12/12), quando surgiram as primeiras denúncias de abuso sexual cometido pelo líder espiritual.
Conforme a matéria, a retirada do dinheiro de aplicações bancárias fez com que o MPGO e a Polícia Civil do estado decidissem acelerar o pedido de prisão de João de Deus.
Centenas de acusações
Acusado de cometer centenas de abusos sexuais, João de Deus entrou na mira até da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol), que foi alertada para a possibilidade de ele deixar o Brasil. Nesse sentido, a Infraero – estatal que administra a maior parte dos aeroportos do país – também recebeu notificação sobre o caso: se o médium tentar embarcar em algum voo, as autoridades serão acionadas.
Desde a sexta-feira (14/12), policiais fizeram buscas em mais de 20 endereços, principalmente em Anápolis e Abadiânia (GO), mas não o encontraram. No mesmo dia, a Justiça acatou o pedido do Ministério Público para efetuar a prisão preventiva do homem, que diz fazer cirurgias espirituais.
Os advogados manifestaram preocupação com a integridade física do “líder espiritual”. Ao jornal O Popular, o secretário de Segurança Pública de Goiás, Irapuan Costa Junior, disse: “parece que ele está escondido”. Embora o delegado responsável pela apuração tenha garantido que João de Deus se entregará ainda neste sábado, a defesa não confirma a informação nem detalha quando e onde o médium se apresentará às autoridades policiais.