20/12/2018 às 16h17min - Atualizada em 20/12/2018 às 16h17min

BOLSONARISTAS REJEITAM RENAN E MAIA NO COMANDO DO CONGRESSO

Notibras

O presidente Jair Bolsonaro assume o governo no dia 1° de janeiro tendo pela frente dois megas desafios: eleição dos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, e convencer o Congresso Nacional a votar imediatamente a reforma da Previdência. Sem uma reformulação radical no sistema previdenciário, ele não terá como governar o Brasil. Só para 2019 os gastos com Previdência somarão R$ 637,9 bilhões.

Neste ano de 2018, para cobrir as despesas da Previdência, foram desviados recursos que poderiam ter sido aplicados na saúde, educação e segurança pública. E nada foi investido para a recuperação das rodovias, melhoria e ampliação nos aeroportos, portos, ferrovias. Por conta dos gastos previdenciários, o orçamento da União para 2019 prevê um déficit de R$ 139 bilhões.

Para estancar essa sangria bilionária na Previdência, e tornar o país governável, impõe-se a adoção de medidas drásticas, como o corte de vantagens, benefícios, o que atingirá todos os brasileiros. Acontece que nenhum deles, com raras exceções, concorda perder privilégios. Dai a solidariedade dos deputados e senadores de ficarem contra qualquer mudança na Previdência.

Os parlamentares que se elegeram na onda que conduziu Jair Bolsonaro ao Palácio do Planalto não concordam que duas raposas tradicionais do cenário politico, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) e o senador Renan Calheiro (MDB-AL) voltem ao comando das duas casas do Congresso.Às dificuldades para essa reformulação somam-se a guerra que está começando para a escolha dos futuros presidentes da Câmara e do Senado, que ocorrerá no dia 1° de fevereiro.

Eles já estão em campanha na busca de adesões. Os bolsonaristas alegam que o resultado das urnas em 7 outubro foi no sentido de mudanças na forma antiga de ser fazer politica, dai a rejeição dos dois caciques.

Jair Bolsonaro tem procurado ficar equidistante dessa disputa, alegando que precisa de parlamentares, dos dois lados para manter a governabilidade no Congresso Nacional e garantir no mínimo os 308 votos na Câmara, e 54 no Senado, necessários para aprovação da reforma da Previdência.

Aproveitando a “lua de mel” do novo governo com a sociedade, Jair Bolsonaro e o seu ministro da Economia, Paulo Guedes, vêm mantendo contatos diretos com os deputados e senadores para tentar convencê-los da necessidade da reformulação no sistema previdenciário. Estão também tentando atrair os governadores para entrarem nessa luta de convencimento dos parlamentares. E se conseguirem emplacar no comando das duas Casas alguém com quem tenham m ais afinidades, a tarefa ficará, digamos assim, menos complicada.


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