20/12/2018 às 21h02min - Atualizada em 20/12/2018 às 21h02min

MPDFT vai apurar supersalários em gabinete do deputado Lira

Conforme revelou o Metrópoles, o parlamentar usou verba pública para distribuir dinheiro a funcionários de seu gabinete

METRÓPOLES

O Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) decidiu abrir uma apuração sobre a manobra feita pelo deputado distrital Lira (PHS) para turbinar os salários de servidores lotados em seu gabinete. O procedimento preliminar de investigação (notícia de fato) ficará a cargo da Assessoria Criminal da Procuradoria-Geral de Justiça.

Lira não foi reeleito e se despede do posto de distrital no dia 31 de dezembro. Mesmo fora do cargo, ele não fica livre de possíveis sanções. Entre elas, a devolução do dinheiro retirado dos cofres públicos.

Como revelou com exclusividade a Grande Angular na manhã da última sexta-feira (14/12), o deputado usou verba pública para distribuir dinheiro a funcionários de seu gabinete. O político se valeu de um artifício aparentemente lícito para turbinar os contracheques de, pelo menos, meia dúzia de comissionados.

 

Todos eles foram exonerados logo após serem promovidos para altos cargos, recebendo, assim, rescisões volumosas que foram calculadas com base nos salários após os reajustes. As verbas pagas a seis servidores comissionados do gabinete de Lira, em agosto deste ano, somaram R$ 385.845,07.

Logo depois, os ex-funcionários contribuíram com a campanha à reeleição do parlamentar. Ao todo, foram depositados na conta eleitoral do político R$ 31.250 por parte dos comissionados exonerados.

A Câmara Legislativa abriu sindicância e a Ordem dos Advogados do Brasil(OAB-DF) informou que vai acompanhar as investigações sobre o caso.

Tribuna
Na segunda (17), Lira usou a tribuna para se defender. Disse ser alvo de denúncias “levianas” e apontou “pessoas insatisfeitas por terem sido exoneradas por incompetência” como os responsáveis pelas acusações.

Ele voltou a dizer que “se houvesse alguma irregularidade, as exonerações teriam sido suspendidas no âmbito administrativo”. Ao longo do dia, os demais parlamentares evitaram comentar o assunto.


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