22/12/2018 às 07h38min - Atualizada em 22/12/2018 às 07h38min

MADURO DESAFIA O BRASIL PARA A GUERRA. ‘VENHAM. ESTOU ESPERANDO’

Notibras

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou que o país “não vai ter um Bolsonaro”, em referência ao presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro. Em discurso nesta quinta-feira (20), o venezuelano disse que o chavismo vai continuar “por muito tempo”.

“A Venezuela não é o Brasil. Aqui não vai ter um Bolsonaro. Aqui será o povo e o chavismo por muito tempo”, disse. Além disso, Maduro voltou a atacar o vice-presidente eleito do Brasil, General Mourão, a quem chamou de “louco da cabeça” e “presidente paralelo”.

“Aqui lhe espero, com milhões de homens e mulheres e com a Força Armada (…). Aqui lhe espero, Mourão, venha pessoalmente”, desafiou Maduro em um inflamado discurso.

Complô – O presidente da Venezuela voltou a acusar os Estados Unidos de liderarem um complô com o Brasil e a Colômbia. Segundo Maduro, os norte-americanos querem derrubá-lo e matá-lo. “Eu quero que o povo e as forças armadas estejam prontos para qualquer circunstância”, discursou Maduro.Maduro inicia em 10 de janeiro um segundo mandato, de seis anos, após ser reeleito em outubro em votação boicotada por opositores e denunciada por Estados Unidos, União Europeia e vários países da América Latina.

Maduro insistiu que o assessor de Segurança Nacional dos EUA, John Bolton, deu instruções para “provocações militares na fronteira” entre Venezuela e Brasil em uma reunião com Jair Bolsonaro.

Maduro tem elevado o tom contra Estados Unidos, Colômbia e Brasil, países que acusa de colocar em andamento um plano para derrubá-lo ou assassiná-lo. O venezuelano se prepara para iniciar um segundo mandato, a partir de 10 de janeiro, cuja legitimidade é questiona pela maior parte da comunidade internacional.

Segundo Caracas, o complô inclui o treinamento de tropas nos Estados Unidos para tomar bases militares na Venezuela, e de mercenários na Colômbia para simular ataques de tropas venezuelanas aos países vizinhos.

Para repelir qualquer incursão, Maduro ordenou armar “até os dentes a Milícia” e tornar a Venezuela “inexpugnável”. O venezuelano destacou que o corpo civil auxiliar dos militares passou de 500 mil para 1,6 milhão de membros desde abril passado.


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