O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), reuniu-se com oito parlamentares da base aliada na tarde dessa quarta-feira (16/1). Durante o encontro, realizado no Palácio do Buriti, ele detalhou os projetos de lei (PLs) que pretende encaminhar à Câmara Legislativa (CLDF) para serem votados em sessão extraordinária.
A pressão do Executivo para que o pacote emergencial seja votado é grande. Mas esbarra na demora das nomeações de indicados dos deputados da base aliada para as administrações regionais e outros postos na estrutura do GDF. Aliados do emedebista calculam que 11 parlamentares, dos 18 declaradamente governistas, aceitariam atender o primeiro pedido público do governador, desde que o preenchimento de cargos no governo ganhasse um ritmo mais acelerado.
O assunto não é tratado abertamente pelos deputados. Principalmente porque durante a campanha eleitoral, Ibaneis Rocha disse que não aceitaria a política da barganha com a CLDF.
O chefe do Buriti pediu que a sessão ocorra entre quarta (23) e quinta-feira (24) da próxima semana: “Não é pouco tempo. Ganharíamos 15 dias. Quantas pessoas morrem em leitos de hospitais em 15 dias? Além disso, a sessão extraordinária tem um rito mais célere. Se forem passar por todas as comissões, só lá para março. Estamos em um estado de emergência”, disse Ibaneis, que nesta quinta (17) se reunirá com políticos da oposição.
Para que os deputados leiam todas as especificações do “pacotão” do governo, os projetos devem chegar à Casa nesta quinta-feira. “Trouxe para eles a importância dos projetos. Precisamos reabrir as delegacias. A população está sofrendo com a questão da insegurança”, disse, referindo-se ao PL que cria a gratificação para os policiais civis trabalharem durante a folga. “Tanto a base quanto a oposição vão querer aprovar melhorias para a segurança do DF”, pontuou.
Sobre a saúde, Ibaneis Rocha pretende mudar o nome do modelo do Instituto do Hospital de Base do DF para Gestão Estratégica da Saúde do Distrito Federal (GES-DF). Esse projeto ampliará, para toda a rede, modelo de administração semelhante ao do instituto e flexibilizará as contratações. Assim, o governador pretende reabrir unidades de pronto atendimento (UPAs), além de 200 leitos fechados no Hospital Regional de Santa Maria.
No primeiro momento, Ibaneis tem a intenção de contratar 1 mil profissionais. No segundo momento, todos eles serão substituídos, ao longo do tempo, por concursados. O governador apresentará um cronograma de concursos para as substituições.
Ibaneis ainda expôs a necessidade de aprovar o Cejusc-Fiscal para negociar débitos de grandes devedores do DF. “São projetos estratégicos para o governo e essenciais para a sociedade”, disse. O governador espera ter cerca de 18 votos na próxima semana.
Na reunião dessa quarta (16), Ibaneis se reuniu com Claudio Abrantes (PDT), Rafael Prudente (MDB), Hermeto (PHS), Jorge Vianna (Podemos), José Gomes (PSB), Robério Negreiros (PSD), Telma Rufino (Pros) e Valdelino Barcelos (PP).