O governador Ibaneis Rocha (MDB) mandou, nesta quinta-feira (17/1), recado aos deputados distritais que estão condicionando a votação do pacote emergencial em sessão extraordinária a nomeações de indicados nas administrações regionais e em outros postos na estrutura do GDF.
“Eu já disse que esse não é o meio de se fazer política. As indicações que fizeram e tinham perfis, eu atendi, e acho que isso é da política. Se faz política com políticos, não temos como mudar isso. Mas eu não sou um sujeito sujeito a pressões”, declarou, após fazer uma vistoria na Ponte do Bragueto e na Galeria dos Estados.
Aliados do chefe do Palácio do Buriti calculam que pelo menos 11 distritais – o número poderia chegar a 19 – governistas aceitariam atender o primeiro pedido público do emedebista, desde que o preenchimento de cargos no GDF ganhasse um ritmo mais acelerado.
“Partimos de uma base bastante sólida de 19 deputados e temos os independentes, mas que precisam ser dependentes da cidade e eu conto com eles”, cobrou Ibaneis.
O governador deseja que a sessão ocorra entre quarta (23) e quinta-feira (24) da próxima semana: “Não é pouco tempo. Ganharíamos 15 dias. Quantas pessoas morrem em leitos de hospitais em 15 dias? Além disso, a sessão extraordinária tem um rito mais célere. Se forem passar por todas as comissões, só lá para março. Estamos em um estado de emergência”, disse Ibaneis, que nesta quinta se reunirá com políticos da oposição.
Pacote de medidas
Para que os deputados possam analisar todas as especificações do “pacotão” do governo, os projetos devem chegar à Casa nesta quinta-feira. “Precisamos reabrir as delegacias. A população está sofrendo com a questão da insegurança” disse Ibaneis referindo-se ao PL que cria gratificação para policiais civis. “Tanto a base quanto a oposição vão querer aprovar melhorias para a segurança do DF”, pontuou.
Sobre a saúde, o governador pretende mudar o nome do modelo do Instituto do Hospital de Base (IHB) para Gestão Estratégica da Saúde do Distrito Federal (GES-DF). Esse projeto ampliará para toda a rede o modelo de gestão e flexibilizará as contratações. Assim, o governador pretende reabrir unidades de pronto atendimento (UPAs), além de 200 leitos fechados no Hospital Regional de Santa Maria.
No primeiro momento, Ibaneis tem a intenção de contratar mil profissionais. Segundo ele, todos serão substituídos, ao longo do tempo, por concursados. O governador apresentará um cronograma de concursos para isso. Ele ainda expôs a necessidade de aprovar o Cejusc-Fiscal para negociar débitos de grandes devedores do DF. “São projetos estratégicos para o governo e essenciais para a sociedade”, disse.