Deputada cobra dívida
Adversária de Jean Wyllys antes mesmo de entrar para a política, a deputada eleita Bia Kicis (PSL/DF) cobra uma dívida que o deputado do PSol tem com ela de R$ 50 mil. Trata-se de uma indenização por danos morais definida pela Justiça. Ativista a favor do impeachment de Dilma Rousseff, Bia e um grupo que estiveram em 2016 na Câmara para entregar um documento ao então presidente, Eduardo Cunha (MDB-RJ), foram criticados por Jean Wyllys no Facebook. Na foto, o grupo estava com o dedo para cima como um gesto de impeachment e o deputado do PSol fez uma legenda: “Levanta a mão quem quer receber uma fatia dos R$ 5 milhões”. Referia-se a uma suposta propina de Cunha. Nas redes sociais, Bia não deixou passar em branco esse momento em que há muita solidariedade pela renúncia do parlamentar do PSol, que alegou medo de permanecer no Brasil. “Vê se paga os R$ 50 mil que me deve antes de fugir”, disse Bia, uma das deputadas mais afinadas com o presidente Jair Bolsonaro.
Continua a guerra dos números
O governo Ibaneis Rocha vai insistir em apresentar à população um rombo que teria herdado. Na semana passada, ele citou a cifra de R$ 5 bilhões. Esses números são rejeitados com veemência pela equipe de Rodrigo Rollemberg. Integrantes do atual governo dizem que a história será apresentada oficialmente em breve, com base em auditoria. Pelas redes sociais, o ex-governador reagiu: “Ao considerar que o DF tem um deficit de R$ 5 bilhões, ele deve estar considerando as promessas que fez na campanha”.
(Minervino Junior/CB/D.A Press - 21/2/17) |
Voto independente
O presidente do PSD-DF, Rogério Rosso, divulgou nota pedindo o adiamento da votação do projeto que amplia o modelo de gestão do Instituto Hospital de Base para outras unidades até que uma auditoria independente analise os resultados do trabalho realizado até agora na maior unidade de saúde do DF. Mas o único deputado distrital do partido, Robério Negreiros, votou a favor da proposta na convocação extraordinária.
(Daniel Ferreira/CB/D.A Press - 2/4/12) |
Oposição pronta para o combate
A sessão extraordinária da última quinta-feira mostrou que Ibaneis Rocha terá uma oposição qualificada. Além dos experientes petistas Chico Vigilante e Arlete Sampaio, sobressaíram-se os distritais de primeiro mandato Fábio Felix (PSol), Leandro Grass (Rede) e Júlia Lucy (Novo).
Tudo bem com a Câmara
Até agora tudo vai bem na relação de Ibaneis Rocha (MDB) com a Câmara Legislativa. Rafael Prudente (MDB) foi eleito presidente no primeiro dia do ano e o governador conseguiu aprovar os dois projetos que considerava prioritários na convocação extraordinária. Houve negociações para emplacar o projeto que estende o modelo do Instituto Hospital de Base para outras unidades, mas nada que comprometesse o resultado.
Momento de transição no Gaeco
Os promotores de Justiça que deixam a equipe do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) na próxima sexta-feira divulgaram uma mensagem de despedida aos colegas na rede do Ministério Público do DF. No texto, os promotores Ana Cláudia Manso, Pedro Dumans, Renato Ercolin, Marcelo Teixeira, Ana Carolina Marquez e Bernardo Matos afirmam que sempre houve mudanças no Gaeco, mas essas substituições ocorriam aos poucos para preservar a memória de processos. “A opção da administração que se inicia pela modificação simultânea de toda a equipe do Gaeco representa uma ruptura com esse modelo de transição, que até aqui vinha sendo considerado o necessário para a salvaguarda do interesse público”, escreveram. Eles se colocaram à disposição para ajudar os colegas na transição. Na herança, vários processos decorrentes de Operações, como Pandora e Dracon. O Gaeco passa a ser coordenado pela vice-procuradora-geral de Justiça do DF, Selma Sauerbronn, que já vinha atuando nos processos criminais envolvendo alvos com foro na segunda instância.
(Jhonatan Vieira/Esp. CB/D.A Press 21/1/16) |
Impedimento no TCDF
A nomeação da médica Renata Rainha, filha do conselheiro Renato Rainha, do Tribunal de Contas do DF, para gerir o novo Instituto de Saúde do DF pode tirá-lo das votações de processos relacionados ao Hospital de Base, às seis UPAs e ao Hospital de Santa Maria. Pelo parentesco, o conselheiro ficará impedido de julgar esses temas. Rainha é um dos conselheiros mais rigorosos do TCDF e a indicação não partiu dele. A mãe de Renata, Rose Rainha, de quem o conselheiro está separado há mais de sete anos, é quem mantém uma relação de confiança com o governador Ibaneis Rocha.
Sabatina
A indicação de Renata Rainha para o comando do novo instituto de saúde precisa passar pela Câmara Legislativa. A nova lei prevê sabatina.
( Arthur Menescal/Esp. CB/D.A Press - 21/12/18) |
“Ibaneis desistiu de acabar com o Instituto Hospital de Base. Ao contrário, resolveu expandi-lo. Vai ter muito mais coisa que não fará como prometeu. E fará como dissemos que era possível e necessário fazer. Vamos aguardar os próximos anúncios”
Ex-governador Rodrigo Rollemberg
(Barbara Cabral/Esp. CB/D.A Press - 15/1/19) |
“Hoje vejo o que há de positivo e tenho a humildade em admitir a necessidade de replicá-lo em outras unidades hospitalares. Não há demérito nisso. Ao contrário, a humildade é a base para as demais virtudes, é ter grandeza, é buscar a sabedoria”
Governador Ibaneis Rocha, ao admitir que criticou o modelo de gestão do Instituto Hospital de Base na campanha porque, segundo ele, não tinha todas as informações
Mandou bem
Ao comentar a renúncia do deputado Jean Wyllys (PSol/RJ), o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, defendeu a liberdade de expressão de congressistas. Segundo ele, quem ameaça um parlamentar comete crime contra a democracia.
Mandou mal
Depois da tragédia de Mariana, ocorrida há três anos, outra barragem se rompeu em Minas Gerais, no município de Brumadinho, com danos incalculáveis em vidas perdidas, ao meio ambiente e à sobrevivência na região.
À QUEIMA-ROUPA
Leo Bijos
Secretário de Juventude do DF
(Barbara Cabral/Esp. CB/D.A Press - 15/1/19) |
“Temos uma população jovem. O que une essa população, independentemente de renda, é só tragédia, tragédia da falta de emprego, tragédia da falta de oportunidade, tragédia da falta de prevenção básica”.
No último minuto, o seu partido, o PDT, fechou na campanha com a reeleição de Rollemberg e agora é base do governo Ibaneis. Como é que você vê essas idas e vindas do seu partido?
A gente tem que ter responsabilidade para além de nós mesmos. E, depois de uma eleição, a gente sai muito machucado, com o coração ferido. O Distrito Federal não merece mais erros. Temos que procurar errar menos. E nesse discurso a gente tem que estar unido em torno de um projeto para Brasília com a autoestima renovada, com uma política participativa onde todo mundo tenha um sentimento de pertencimento. É justo dar uma chance.
Qual é o grande
desafio de Ibaneis? Resgatar a autoestima das pessoas.
Mas essa autoestima se perdeu onde?
Brasília foi palco de todas as tragédias que se possa imaginar. E com a tecnologia que faz com que as informações trafeguem muito rápido, não se tem mais tempo de errar. Brasília não permite mais que a gente apague um incêndio por dia. Tem que começar a planejar as coisas. Pra dois anos, três anos, pra 10 anos, 20 anos, 50 anos.
Foi a falta de diálogo que, na sua opinião, fez com que Rollemberg perdesse a eleição?
Não só a falta de diálogo. Na verdade, isso não foi um erro só do Rodrigo. Foi um erro dos candidatos que ficaram ainda presos nessa polarização dos azuis e dos vermelhos. E o governador Ibaneis foi para a rua ver as pessoas.
Qual é o projeto do governador Ibaneis para a juventude? Qual é o carro-chefe da sua gestão?
Primeiro, isso é um gesto de muita nobreza do governador. Criar uma secretaria para as políticas da Juventude. Ele fez isso para atender à maioria da população, que é jovem. Um terço da população de Brasília, ou seja, 700 mil pessoas têm entre 15 e 29 anos. Temos uma população jovem. O que une essa população, independentemente de renda, é só tragédia, tragédia da falta de emprego, tragédia da falta de oportunidade, tragédia da falta de prevenção básica. O governador fez esse gesto para a gente começar a interromper essas tragédias, proteger, inovar e emancipar. Não para ser uma secretaria assistencialista, e sim mais uma secretaria emancipadora, que realmente forme o cidadão. Que ele entenda quem ele é, que ele faça parte desse jogo. Tirar o foco de que só o serviço público pode salvar a vida das pessoas. Brasília pode ser um grande polo de desenvolvimento econômico.
O desemprego é o grande problema?
Na juventude, compete com toda a falta de assistência básica. Tem meninas engravidando com 14 anos do segundo filho, doenças sexualmente transmissíveis, na faixa etária entre 14 e 19 anos tem um índice muito alto. E a falta de emprego, claro, na juventude, não é diferente. Hoje 50% dessa população jovem nem trabalha, nem estuda. Por isso, é muito preocupante. O primeiro passo é mapear quem é essa juventude, onde ela mora, o que ela está pensando, o que ela está fazendo, e trazer para perto. Primeiro formar como cidadão e depois formar como profissional, dar oportunidade do primeiro emprego com propósito. A gente precisa formar as pessoas a partir das novas profissões. A pessoa também pode passar no serviço público, mas ter um propósito para carreira e ela não pode só olhar para o salário.
O sucesso da sua secretaria depende de outras pastas, do sucesso da Saúde, do sucesso da Segurança, da Secretaria do Trabalho, das decisões do governador. Você acha que vai ter autonomia para propor medidas?
Tem uma coisa que me agradou muito na transição: todos os secretários conversaram entre si. E a gente não dispersava energia porque isso é jogar dinheiro no ralo. A gente identificava o que tem nas secretarias e qual política pública se adequa melhor, mas sempre trabalhando de forma transversal. Isso agradou muito. Só o próprio gesto de ele criar a secretaria com autonomia financeira para poder executar os meus projetos. É dar responsabilidade para um jovem cuidar de jovens e a gente pode cuidar deles. Não dá mais para pensar na frase “o jovem é o futuro“. Não, o jovem é o presente. Se vai haver autonomia? Sim. Mas nada do que vou fazer será sem diálogo com as secretarias afins.