RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Por determinação da Secretaria de Fazenda, a Prefeitura do Rio lacrou o CT do Flamengo em outubro de 2017. A decisão foi tomada após o clube do Flamengo ter sido multado 30 vezes por falta de alvará de funcionamento.
O local pegou fogo nesta sexta-feira (8). Dez pessoas morreram no incêndio. Os nomes das vítimas não foram divulgados.
Segundo a Prefeitura do Rio, o clube decidiu reabrir o centro de treinamento em 2017 mesmo depois de ter sido lacrado pela Prefeitura.
A Prefeitura do Rio informa ainda que o Flamengo nunca pediu autorização à Prefeitura para instalação de prédios na área hoje atingida por incêndio.
A área em que o Flamengo construiu o alojamento de suas categorias de base que pegou fogo tinha permissão da prefeitura para funcionar apenas como estacionamento. A Folha apurou que a autorização foi concedida no ano passado. Pelo menos 10 pessoas morreram no incêndio.
O Flamengo ainda não se manifestou sobre o assunto. A Prefeitura do Rio divulgou em nota que a atual licença do CT tem validade até oito de março de 2019.
"A área de alojamento atingida pelo incêndio não consta do último projeto aprovado pela área de licenciamento, em 05/04/18, como edificada. No projeto protocolado, a área está descrita como um estacionamento. Não há registros de novo pedido de licenciamento da área para uso como dormitórios", diz a prefeitura, que informou também que irá abrir " um processo de investigação para apurar as responsabilidades".
Segundo informações iniciais, entre as vítimas estão funcionários do clube e jogadores das categorias de base. O Corpo de Bombeiros foi acionado para conter o incêndio às 5h17 e atingiu a ala mais velha do CT, que servia de alojamento para as categorias de base e recebia jogadores de 14 a 17 anos de idade. As chamas foram controladas às 6h.