12/02/2019 às 18h45min - Atualizada em 12/02/2019 às 18h45min

Ex-secretários e empresários de Formosa são investigados pelo MP

De acordo com o Ministério Público de Goiás, os agentes públicos são investigados sob a suspeita de desviarem recursos públicos por meio de licitações e contratos

Correioweb
O Ministério Público de Goiás deflagrou, na manhã desta terça-feira (12/2), a operação Gaugamela, que apura desvios de recursos públicos em licitações e contratos administrativos em Formosa (GO). Segundo a Promotoria do Patrimônio Público, processos de licitações de 2017 e 2018 podem ter sido fraudados. Para investigar o caso, foram cumpridos nove mandados de buscas e apreensão no município.

A prefeitura do município chegou a ser lacrada para o cumprimento de seis de nove mandados de busca e apreensão. Entre os alvos da operação estão nomes influentes em Formosa, como o ex-secretário de Obras do município, Jorge Saad Neto, o ex-secretário municipal de finanças, Luis Gustavo Nunes de Araújo. Os outros três mandados foram cumpridos na casa dos suspeitos.


Atualmente, os investigados trabalham com Ernesto Roller, ex-prefeito do município e secretário de Governo do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM). Uma fonte ligada à investigação afirmou que Jorge Saad Neto e Luiz Gustavo são nomes de confiança de Roller.

Além dos ex-secretários, o MPGO investiga, também, o empresário André Luiz Gontijo de Souza, proprietário da empresa Multi-X, e faz buscas nas secretarias de Obras, Finanças, Administração, Controle Interno, Licitação e Gestão de Contratos.

"Investigações desenvolvidas pelo Ministério Público revelaram esquema de desvio de dinheiro do município em benefício de agentes públicos e particulares. Tais desvios foram verificados, sobretudo, em contratos de pavimentação asfáltica da cidade que deveriam ter sido realizados pela empresa Multi-X. Caso comprovados os fatos os envolvidos estão sujeitos a penas de multa, suspensão dos direitos políticos, perda do cargo público, dentre outras", divulgou o MP em nota.

Os investigados também poderão responder por crimes contra a administração pública. O nome da operação faz referência à queda do Rei Dario III na batalha travada contra Alexandre da Macedônia, no século IV a.C., na região da antiga Pérsia. O conflito ficou conhecido como Gaugamela. à frente da operação estão os promotores do MPGO Fernanda Balbinot e Douglas Chegury.
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