Aliados do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (RJ), afirmam nesta quinta-feira que o parlamentar só perderá sustentação na Casa se virar réu. Relatório da Polícia Federal aponta indício de corrupção passiva e lavagem de dinheiro por Maia. Ele teria recebido doações eleitorais da OAS em troca de prestar "favores políticos" à empreiteira. Cabe ao Ministério Público ainda decidir se denunciará ou não Maia e somente aí o Supremo decidiria se o torna réu ou não.
O líder do PPS, Arnaldo Jordy (PA), fala abertamente que somente um avanço do processo na Corte seria capaz de retirar o apoio a Maia.
— O PPS tem como regra que quando virar réu, tem de se afastar. Antes disso é prematura. Quando virá réu é porque tem uma investigação sólida e aí fica incompatível exercer o cargo — afirmou Jordy.
A avaliação foi a mesma feita por um importante parlamentar tucano. Este deputado ponderou que a situação de Rodrigo é complicada pelo fato de ele ter efetivamente apresentado uma emenda à Medida Provisória que trata da aviação. Foi com base em uma mensagem de Leo Pinheiro citando Maia sobre essa MP que a investigação da PF foi aberta.