A noite de sexta-feira (1°/3) no Setor Comercial Sul (SCS) teve brigas, empurra-empurra, um policial militar agredido com garrafa de vidro e uso de cassetetes em ao menos um folião por parte da PM durante a dispersão do bloquinho de Carnaval Na Batida do Morro.
Vídeo divulgado no Facebook mostra o momento em que três militares desferem golpes contra um rapaz sem camiseta. Segundo relatos nas redes sociais, as agressõeS.
Segundo a Polícia Militar, “houve conflitos na dispersão do público, que se mostrou bem agressivo com a intervenção da PMDF”. A corporação disse ainda que “qualquer excesso será apurado pela corregedoria”.
De acordo com a corporação, “o evento teve a concentração de vários usuários de drogas, sendo que, durante a atuação da PMDF, no momento que os agentes tentaram desligar os equipamentos de som, um dos policiais foi atingido por uma garrafa de vidro em sua fronte”.
O policial foi levado ao Hospital de Base, onde ficou em observação. Após ser medicado, foi liberado, mas com a recomendação de repouso.
Armas e drogas
A PMDF ressaltou que, no posto policial localizado na praça da Quadra 5, foram recolhidas seis armas brancas, apreendidas durante patrulhamentos na área do show, provavelmente abandonadas quando policiais se aproximaram.
A corporação disse ainda que não havia seguranças suficiente no local, tampouco saídas adequadas para dispersão do público.
GDF
Os registros na noite de sexta (1°) motivaram reunião dos organizadores do Setor Carnavalesco Sul – responsável pela festa – com representantes da Secretaria de Cultura (Secult) e de outros órgãos do governo na manhã deste sábado (2).
A Secult, responsável pela gestão da infraestrutura no local, anunciou reforço nos alambrados e fechamento do local da festa, para assegurar o controle de fluxo na entrada e saída das pessoas.
Por meio de nota, o coletivo No Setor, responsável pela organização do Setor Carnavalesco Sul, disse que a estimativa no primeiro dia de festas no SCS foi 8 mil pessoas no cortejo e nos dois palcos principais.
“O coletivo No Setor, responsável pela organização, tem experiência com a realização de grandes eventos e faz um trabalho preventivo à ocorrência de situações violentas. No entanto, na noite de sexta (1°), foram identificados casos em demasia. Algumas razões são apontadas para essa situação: pouco efetivo policial e baixa quantidade e qualidade da estrutura para fechamento entregue pelo GDF.”
Segundo o coletivo, foram contratados 20 seguranças profissionais e havia outros 30 enviados pelo GDF, somando 50 homens, “que ficaram, na maior parte do tempo, concentrados nas entradas, e não no interior da festa, onde havia a maior necessidade de presença. A segurança acabou sendo feita pelos 56 policiais militares também concentrados num único ponto, sem transitar por outros pontos do evento”, diz a nota.