Homens trabalham em obra dentro de terreno irregular no P-Sul, em Ceilândia, região administrativa do DF.
Mesmo durante o carnaval e debaixo de chuva, obras irregulares invadem áreas verdes de Ceilândia, região administrativa do Distrito Federal. Na tarde desta terça-feira (5), pelo menos dez homens foram flagrados trabalhando em um terreno ilegal no P-Sul.
Alguns lotes estão com os muros construídos. Arames farpados e estacas de madeira também são usados para demarcar o parcelamento dos lotes.
Estaca usada para demarcar parcelamento de terreno irregular no P-Sul, em Ceilândia, região administrativa do DF — Foto: TV Globo/Reprodução
Até a energia elétrica foi providenciada, mas, como a ocupação é ilegal, a captação do recurso é clandestina – são os chamados "gatos". Lixo e entulho também ficam espalhados pelo local.
Energia elétrica clandestina em terreno irregular no P-Sul, em Ceilândia, região administrativa do DF — Foto: TV Globo/Reprodução
Um morador de Ceilândia que preferiu não se identificar pode medo de represálias disse que os postes de energia foram instalados neste domingo (3), de carnaval.
"Eles já venderam todos os lotes que demarcaram, o pessoal comenta de que tinha lotes de R$ 20 a R$ 25 mil."
De acordo com o superintendente de obras da Agefis, Marco Antônio Ferreira, o trabalho do órgão consiste em impedir o crescimento de ocupações irregulares e, consequentemente, o aumento territorial das regiões onde estão localizadas.
Neste sentido, o Sol Nascente, que também fica em Ceilândia, está na mira da Agefis, segundo Ferreira. "Nós não vamos deixar que a cidade cresça, porque ela já está no seu limite de projeto."
O superintendente de obras da Agefis, Marco Antônio Ferreira — Foto: TV Globo/Reprodução
Ainda segundo Ferreira, desde janeiro, a Agefis fez 32 operações de retirada de invasões no DF, incluindo Lago Norte, Riacho Fundo, Gama e Santa Maria.
"O que está planejado vai ser executado e as bordas dessas cidades serão realmente retiradas", disse àTV Globo. "Todas as áreas nos preocupam, mas temos que ter cuidado maior com as áreas de proteção, com as reservas."
"As invasões que estiverem nessas áreas não vão ficar mesmo."