Em outubro de 2018, os eleitores do Distrito Federal rejeitaram Hélio Josénas urnas. Então senador, ele disputou pelo Pros uma vaga na Câmara dos Deputados. Com apenas 16.529 votos, o político passou longe de emplacar a candidatura.
Mas a derrota não o afastou do Congresso. Hélio continua perambulando pelos corredores do Senado. Não é raro vê-lo circulando, inclusive, no plenário, espaço reservado para os parlamentares eleitos. Nessa quarta (13/3), lá estava o ex-senador em meio aos congressistas (foto abaixo).
Hélio “bate ponto” nos gabinetes de colegas eleitos em busca de cargos. Quando era senador, chegou a ter 92 funcionários, um recorde na Casa. A média é de 55. No outro extremo, vem Reguffe, também do DF. Ele tinha, na mesma época, apenas 10 assessores.
Já sem mandato, Hélio José marcou presença na tumultuada votação para escolha do presidente e da Mesa Diretora do Senado, em 1° de fevereiro. Ele engrossou o coro dos apoiadores de Renan Calheiros (MDB-AL) com gritos, aplausos e vaias.
Hélio José ocupou por quatro anos cadeira no Congresso, após Rodrigo Rollemberg (PSB) ter renunciado ao mandato de senador para assumir o Governo do Distrito Federal, em 2014.
Melancias e dentadura
Ganhou os holofotes em episódios embaraçosos. Uma vez, ao ser flagrado em gravação dizendo que tinha influência suficiente para nomear até mesmo “melancias” para cargos de confiança. Depois, vivendo um drama pessoal, quando sua dentadura caiu enquanto discursava na Casa.
Com abstinência das dezenas de cargos comissionados, Hélio investe muito no corpo a corpo. Mas sem resultados. Os parlamentares eleitos dão sempre um jeitinho de… tirar o corpo fora.