12/02/2017 às 17h51min - Atualizada em 12/02/2017 às 17h51min

PALÁCIO BURITI Eleições 2018: População desapontada com os atuais líderes

Em todos os cenários apresentados, os nomes apontados pela mídia não conseguem empolgar o eleitorado. O povo clama pelo “novo”

Agenda Capital

As próximas eleições no Distrito Federal, nos remete a uma ampla reflexão, e uma análise criteriosa dos postulantes ao Buriti. A população está distante dos políticos, sem nenhuma motivação para participar do processo eleitoral. Isto é uma clara demonstração da insatisfação com nossos governantes.

 

Os impostos que a população paga, não estão refletindo em melhorias nas áreas prioritárias. A Saúde por exemplo, tem se mostrado como uma das pastas onde tivemos o maior retrocesso, apesar do DF ser privilegiado em relação aos outros estados, pois recebe mensalmente repasses federais através da fonte 138 do Ministério da Saúde.

 

A Segurança Pública tem piorado a cada dia, e os números apresentados pela Secretaria, não refletem a realidade que temos visto. As pessoas tem medo de sair de suas casas, ou até mesmo de fazer uma simples caminhada, com receio de serem assaltadas. Os empresários já não registram o boletim de ocorrência, pois consideram que de nada adianta.

 

No Transporte de massa, pagamos uma das tarifas mais caras do país, e os usuários não tem um serviço de boa qualidade. Nas cidades satélites, há uma deficiência de ônibus circulares, e um sistema precário de integração com o metrô. As linhas de ônibus interbairros, já insuficientes para atender a demanda da população.

 

Ao analisarmos o calendário político, percebemos que faltam pouco mais de um ano e meio para o início do processo eleitoral de 2018. Os pretensos candidatos ao Executivo, deveriam desde já se preocupar em debater com os diversos segmentos da sociedade, projetos viáveis e relevantes, que possam mudar o quadro “sombrio” que estamos vivenciando.

 

Temos observado que em todos os cenários apresentados, os nomes apontados pela mídia não conseguem empolgar o eleitorado. São políticos ultrapassados, que sequer tem projetos para Brasília, e que dificilmente, caso sejam eleitos, apresentarão soluções para resolver os graves problemas de uma metrópole com mais de 3 milhões de habitantes. Neste aspecto, podemos perceber um grande distanciamento, do povo em relação à política. Isto não é somente um problema local, mas em todo o Brasil.

Se fizermos uma pesquisa sobre os atuais postulantes ao Buriti, com certeza chegaremos à triste conclusão que a população de uma maneira geral, está farta da “velha política”, aquela que os governantes trabalham em favor dos seus próprios interesses – o chamado “toma lá, dá cá”. Neste “tipo de gestão”, não existe planejamento concreto para ações de curto, médio ou longo prazos. Os atores são sempre os mesmos, as vezes só se trocam os nomes. A população urge por novas opções capazes de trazer de volta a esperança de milhares de brasilienses. Neste quesito, o atual Chefe do Executivo leva vantagem.

 

A desilusão com a classe política, está muito relacionada com as promessas de campanha não cumpridas. Isto reflete no desapontamento das pessoas com os políticos, e o desinteresse do eleitor diante da incapacidade, ou até mesmo, da má vontade em querer resolver os problemas, que todos os dias são apontados pela imprensa.

 

Claro que dentro deste contexto, há de se destacar alguns fatores que influenciam o governante a realizar uma sofrível gestão: o corporativismo, o excesso de burocracia, o inchaço da máquina pública, a falta de qualificação, investimento em áreas não prioritárias, falta de experiência dos gestores para ocupar cargos relevantes, crise política/financeira e por aí vai.

E o que falar de nossos jovens talentos, que estão afastados das políticas públicas, e sem perspectivas de um futuro melhor. Quantos jovens estão saindo das faculdades e ficam desempregados, por falta de incentivos do governo. Alguns se lançam para abrir seu próprio negócio, e logo se deparam com a burocracia e os altos impostos. No Distrito Federal, a Cidade Digital que seria um atrativo para estes jovens talentos, não consegue sair do papel. Entra governo e sai governo e só promessas.

 

De acordo com o professor de Direito Eleitoral da Unicuritiba, Roosevelt Arraes, “no caso dos jovens, as oportunidades para capacitar seus talentos e terem um futuro tranquilo e promissor, passam pela forma como políticos decidem as áreas em que irão investir o dinheiro público.” Segundo ele, é importante investir na reeducação cívica, especialmente dos mais jovens, para que entendam como funciona a democracia e como podem interferir nos processos decisórios, concluiu.

Temos que ter esperança de que dias melhores virão, e que em nenhuma hipótese, podemos desistir e “jogar a toalha”. O Distrito Federal tem jeito sim! A maneira correta de mudarmos o “status quo”, é escolhermos melhor nossos representantes.


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