O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), ficou indignado com a transferência do líder máximo do Primeiro Comando da Capital (PCC), Marcos Willians Herbas Camacho, mais conhecido como Marcola, para o Presídio Federal de Brasília nesta sexta-feira (22/3).
“Eu tenho de zelar pela população brasiliense, por 186 representações diplomáticas, pelo Congresso Nacional, pelo Palácio do Planalto. É inadmissível aceitar a instalação do crime organizado na capital da República”, disse o governador à Grande Angular.
Ibaneis afirmou que a Polícia Civil do DF detém informações de inteligência que dão conta de que pessoas ligadas ao mundo do crime que mantêm conexão com o PCC estariam se organizando para viver no Distrito Federal e suas imediações. “Soubemos da compra de casas, terrenos e, até mesmo, da negociação de postos de combustíveis capitaneada por integrantes de facções criminosas. Não vou tolerar esses desmandos.”
O governador conversou sobre a transferência de Marcola com o ministro da Justiça, Sergio Moro, a quem demonstrou seu total desconforto: “Eu disse a ele que não posso aceitar essa situação, que preciso de um reforço imediato para garantir a segurança no DF”.
Ibaneis afirmou que está disposto a entrar na Justiça, se preciso for, para reverter a condição de abrigar criminosos de alta periculosidade e ligados ao crime organizado no DF.
A chegada de Marcola e mais três integrantes do PCC ocorre no mesmo dia em que a Polícia Civil e o Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) fazem operação contra a expansão da facção criminosa no DF.