Professores da rede pública de ensino do Distrito Federal se reunião em Assembleia Geral às 9h30 em frente ao Palácio do Buriti, para decidir se farão greve geral. Em razão da assembleia, amanhã não haverá aula na rede pública.
Cláudio Antunes, diretor do Sinpro-DF, explica que o reajuste de 18% no salário dos professores e a reforma previdenciária estão entre as principais demandas da categoria. Segundo ele, o ajuste salarial se justifica com base na meta 17 do Plano Distrital de Educação, que estabelece a equiparação dos salários dos professores à média da remuneração das demais carreiras com ensino superior dos servidores públicos do DF. "Apesar de termos nível superior, temos um dos piores salários do GDF", salientou o diretor.
Outro tema que será abordado na assembleia será a reforma previdenciária. De acordo com Antunes, a categoria dos professores será especialmente prejudicada, uma vez que 80% dela é formada por mulheres. "A reforma é prejudicial porque fixa uma idade para a aposentadoria e acaba com os segurados especiais (professores antes poderiam se aposentar com tempo reduzido ao contabilizar o tempo em sala de aula). Uma professora se aposenta hoje se tiver 50 anos de idade e 25 de contribuição para a previdência. Com a reforma, ela se aposentaria aos 65", detalha.
Ainda de acordo com Cláudio Antunes, há um chamado para greve geral do magistrado marcado para o dia 15 de março. Por isso, a assembleia de amanhã avaliará se os professores esperarão a data marcada ou se adiantarão a greve. "Nosso indicativo de greve está aprovado desde o ano passado, com previsão para o início do ano letivo. Deve ser uma assembleia lotada."
Meta 17 do Plano Distrital de Educação:
Valorizar os profissionais da educação da Rede Pública de Educação Básica, ativos e aposentados, de forma a equiparar seu vencimento básico, no mínimo, à média da remuneração das demais carreiras de servidores públicos do Distrito Federal, com nível de escolaridade equivalente, até o quarto ano de vigência deste PDE.