Uma operação sigilosa desencadeada na manhã desta terça-feira (4/10) pela Delegacia de Repressão a Roubos e Furtos (DRF) prendeu integrantes de uma quadrilha que aplicava golpes no Banco de Brasília (BRB). A fraude teria provocado um rombo de R$ 3,5 milhões nos cofres da instituição. Segundo a Polícia Civil, um dos detidos é Luiz Carlos dos Reis, mais conhecido como Iti, candidato a deputado distrital em 2014 pelo PPS.
Iti é dono de dois postos de combustível. Um deles, o Iticar, próximo ao Aeroporto de Brasília. Ele é irmão de um policial civil aposentado, também preso na operação. A ação da DRF, apelidada de Reves, resultou na prisão temporária de 37 suspeitos. As detenções foram autorizadas pela 2ª Vara Criminal do Gama. De acordo com fontes ouvidas pelo Metrópoles, os dois irmãos costumam frequentar festas de alto padrão promovidas no Gama.
A Justiça também determinou a busca e apreensão nas residências e empresas dos suspeitos de faturarem com os crimes praticados contra o BRB.
Esquema sofisticado
De acordo com as investigações, a organização criminosa montou um esquema sofisticado para lesar o banco. O golpe, aplicado em um posto de conveniência bancária do BRB, no Gama, contava com a falsificação de documentos para a realização de depósitos e pagamento de títulos.
Um laranja, usando o registro civil de uma vítima de roubo, fez pelo menos 22 depósitos, que somaram R$ 102 mil. O mesmo homem também pagou boletos bancários referentes a uma série de serviços prestados, totalizando mais de R$ 3 milhões. O volume de recursos foi considerado incompatível com o movimento diário do posto de conveniência do BRB.
Os investigadores ainda identificaram que havia a participação do titular da agência de correspondência bancária, Ramon Carvalho Maurício, e de seus filhos, que tiveram a prisão temporária decretada pela Justiça. Durante a investigação da DRF, os policiais encontraram indícios de que o grupo tentava camuflar os pagamentos entre várias empresas de valores. Esses repasses chegavam próximo a R$ 5 mil, limite diário autorizado para esse tipo de operação.
A Polícia Civil do Distrito Federal deflagrou a terceira etapa da Operação Safira, que tem o intuito de combater fraudes ao BRB, nesta terça-feira (24/11). Foram cumpridos 14 mandados de prisão e 13 de busca e apreensão nesta manhã. Nas outra etapas, já foram cumpridos outros nove mandados de prisão.
Estima-se que a quadrilha tenha aplicado o golpe em mais de 200 pessoas somente este ano. Por ano, calcula-se um prejuízo de R$ 20 milhões aos cofres do BRB. Os suspeitos ofereciam a servidores públicos e a empresários o pagamento de tributos e multas junto ao Governo do Distrito Federal (GDF), alegando de que teriam créditos de precatórios a receber e que, em razão disso, os débitos poderiam ser compensados com descontos de até 30%.
Polícia prende integrante de quadrilha que fraudava contas do BRB
Estima-se que grupo tenha aplicado o golpe em mais de 200 pessoas somente este ano. Calcula-se um prejuízo de R$ 20 milhões aos cofres do BRB
Especializada em fraudar dados bancários e furtar quantias das contas-correntes das vítimas, uma quadrilha de estelionatários teve um de seus integrantes preso, neste sábado (24/10), por investigadores da 11ª Delegacia de Polícia (Núcleo Bandeirante). A prisão de Romoaldo Landim dos Santos faz parte do desdobramento da Operação Safira que, em 6 de agosto, prendeu o agente penitenciário Marcos Paulo Silva Barbosa.
Estima-se que a quadrilha tenha aplicado o golpe em mais de 200 pessoas somente este ano. Por ano, calcula-se um prejuízo de R$ 20 milhões aos cofres do BRB. Pelo crime de furto mediante fraude e organização criminosa, os dois podem ser condenados por mais de 20 anos.
De acordo com a investigação, Romoaldo integra uma organização criminosa que conta com pelo menos dez membros. Entre os suspeitos, oito pessoas permanecem foragidas, entre elas um hacker, que aixiliava a quadrilha a invadir o sistema das contas bancárias. Os principais alvos do bando são clientes do Banco de Brasília (BRB).
Os suspeitos ofereciam a servidores públicos e a empresários o pagamento de tributos e multas junto ao Governo do Distrito Federal (GDF), alegando de que teriam créditos de precatórios a receber e que, em razão disso, os débitos poderiam ser compensados com descontos de até 30%.