09/04/2019 às 11h23min - Atualizada em 09/04/2019 às 11h23min

Rio amanhece debaixo d’água; chuva mata 3

Candidata a deputada distrital nas eleições de 2014 pelo MDB, a moradora do Cruzeiro Ana Maria Vieira Santiago, 57 anos, foi presa pela pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) após ser acusada de se passar por vítima da tragédia de Brumadinho (MG). Com o golpe, ela conseguiu indenização de R$ 65 mil da mineradora Vale.

Identificada como “Ana Blue” nas redes sociais, ela alegou que tinha uma casa na região do Parque das Cachoeiras, uma das mais afetadas pelo rompimento da barragem, em 25 de janeiro deste ano.
 

De acordo com o inquérito policial, Ana Maria, natural de Anápolis (GO), convenceu alguns moradores de Brumadinho a participar do golpe: eles mentiram ao afirmar que a ex-candidata tinha uma propriedade no bairro e que o sustento dela vinha da atividade agropecuária. Os comparsas vão responder por falsidade ideológica.

Ao Metrópoles, a Polícia Civil detalhou que a investigação teve início tão logo a brasiliense fez o cadastro para receber a indenização. Ficou comprovado que ela nunca residiu ou teve imóvel no município mineiro.

A prisão ocorreu em 18 de março. No dia seguinte, ela foi transferida para o Presídio Feminino José Abranches, que fica na cidade de Ribeirão das Neves (MG). Agora, só poderá deixar a cadeia e ter liberdade provisória se devolver o valor recebido indevidamente.

Desde que a Vale começou a pagar as indenizações, a PCMG identificou 10 estelionatos consumados e três tentativas. A reportagem não localizou a defesa de Ana Maria. Ao Metrópoles, o MDB disse que a mulher não é mais filiada à legenda e hoje está nos quadros do PR.

Reprodução

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REPRODUÇÃO

Tragédia
No último domingo (7/4), a Defesa Civil de Minas Gerais informou que o número de mortos identificados na tragédia da mineradora Vale subiu para 224. De acordo com o órgão, 69 pessoas permanecem desaparecidas e 395 foram localizadas.

Passados mais de três meses desde a tragédia, os trabalhos das equipes do Corpo de Bombeiros continuam na região onde ocorreu o rompimento da barragem da mina Córrego do Feijão. Os rejeitos atingiram a área administrativa da Vale, uma pousada e comunidades que moravam perto da estrutura.
 


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