15/04/2019 às 08h00min - Atualizada em 15/04/2019 às 08h00min

Metroviários do Distrito Federal marcam greve para 2 de maio

Categoria reclama do corte de benefícios sociais

Os metroviários do Distrito Federal vão cruzar os braços. Após assembleia na Praça do Relógio, em Taguatinga, na noite deste domingo (14/4), a categoria decidiu entrar em greve. Desta forma, o transporte diário de 160 mil passageiros pelo Metrô ficará prejudicado. O início da paralisação foi marcado para 2 de maio.

Segundo a diretora de Comunicação do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Metroviários (Sindmetrô-DF), Renata Campos, a ideia é dar tempo de GDF e Metrô apresentarem uma proposta antes do início do movimento. “E por respeito à população por conta dos feriados dos dias 21 de abril e 1° de maio”, disse.
 

O sindicato reclama que benefícios sociais reunidos em 52 cláusulas teriam sido cortados. Além disso, o Metrô não estaria cumprindo acordos coletivos, judiciais e sentenças da Justiça favoráveis à categoria desde 2015.

Procurado pela reportagem, o Metrô-DF não havia se manifestado até a última atualização deste texto.
 

MATERIAL CEDIDO AO METRÓPOLES
Material cedido ao Metrópoles

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Assembleia de metroviários na noite desde domingo (14/4)

 

Cobrando benefícios, reajustes e o pagamento da polêmica terceira parcela do aumento salarial aprovado ainda na gestão Agnelo Queiroz (PT), outras categorias iniciam as discussões que podem resultar em novas greves.

A lista inclui o Sindicato dos Servidores Públicos Civis da Administração Direta, Autarquias, Fundações e Tribunal de Contas do Distrito Federal (Sindireta), o Sindicato dos Professores (Sinpro) e o Sindicato dos Técnicos em Enfermagem (Sindate). Lideranças da Polícia Militar também cogitam a retomada da operação tartaruga.

Durante a campanha eleitoral em 2018, Ibaneis prometeu pagar a terceira parcela e adotar uma política de valorização salarial dos trabalhadores. Contudo, após a recente decisão do Tribunal de Contas da União (TCU), tirando do DF a arrecadação de R$ 700 milhões anuais do Imposto de Renda dos salários pagos pelo Fundo Constitucional e cobrando um passivo de R$ 10 bilhões, o discurso mudou.

O emedebista disse que o pagamento do reajuste e de outros benefícios está condicionado a conseguir reverter a decisão do TCU. O GDF pretende recorrer da decisão do TCU no Supremo Tribunal Federal (STF). Se não conseguir sentença favorável, deverá adotar uma política de arrocho, com cortes de gastos para reequilibrar o orçamento.


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