16/04/2019 às 02h59min - Atualizada em 16/04/2019 às 02h59min

Presidente do BRB cria cargos para 14 amigos com salário de 35 mil

O presidente do Banco de Brasília, Paulo Henrique Rodrigues Costa, criou 11 cargos na estrutura do BRB para abrigar amigos. Os salários são considerados ‘de marajá’: 35 mil por mês.

São consultores nomeados para atuar diretamente no gabinete da presidência. Nem todos têm qualificação para a função indicada, segundo denunciam funcionários que pedem anonimato por temer represálias.

Paulo Henrique, ex-vice-presidente da Caixa Econômica Federal no governo de Michel Temer (MDB) foi colocado no BRB pelo governador Ibaneis Rocha, também do MDB.

Sob o comando do novo presidente, até lobista ganhou cadeira em sala com ar-condicionado. Tem direito a secretária, café fresquinho e água mineral servidos por garçons bem apessoados.

Para nomear os amigos, Paulo Henrique alterou os estatutos do Banco de Brasília. Anteriormente o presidente podia indicar um máximo de três consultores. Mesmo assim, com salários de até 18 mil reais, contra os atuais 35 mil reais.

Os acionistas do BRB, embora minoritários, estão se movimentando para exigir uma reunião extraordinária do Conselho de Administração.

Dos 14 consultores nomeados, sete são funcionários do próprio banco. Foram escolhidos a dedo, com padrinhos de peso, todos eles com gabinetes na Câmara Legislativa. Os sete restantes foram levados por Paulo Henrique.

Procurada, a Superintendência de Comunicação do Banco de Brasília não retornou as ligações.

Nesta segunda, 15, o BRB divulgou nota à Imprensa comunicando o afastamento dos gestores do Departamento Jurídico do banco.

No domingo, 14, Notibras apontou que o chefe do setor, Durval Garcia Filho, agia como advogado de defesa de Vasco Rodrigues, ex-presidente da instituição, preso na Papuda sob a acusação de corrupção, lavagem de dinheiro e formação e quadrilha.

Paulo Henrique Rodrigues Costa tem relações com Vasco Rodrigues desde a época em que os dois ocupavam cargos de direção no sistema financeiro. O primeiro, como vice-presidente da Caixa; Vasco, como presidente do BRB.


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