PRIMÁRIO:
Em 1963 comecei a estudar na Escola Classe nº 03, e tive como professores três (03) grandes exemplos de EDUCADORAS, a saber, as Professoras Valdênia, Terezinha e Norma Okike Yamasaki, que sobre o comando da diretora Olga, se dividiam nos ensinamentos de Língua Pátria (português) Aritmética e Geometria (Matemática), Geografia, História do Brasil e Ciências Naturais.
Quantas lembranças, quantas coisas boas e exemplares que hoje nem existem mais! Naquela época, chegávamos à escola exatamente às 7 horas e em formatura, nos perfilávamos no pátio da escola, série após série, cantávamos primeiramente o Hino Nacional, depois o Hino
Brasília - Capital da Esperança, cuja letra ainda me lembro até hoje:
Em meio à terra virgem desbravada
na mais esplendorosa alvorada
feliz como um sorriso de criança
um sonho transformou-se em realidade
surgiu a mais fantástica cidade
Brasília, capital da esperança
Desperta o gigante brasileiro
desperta e proclama ao mundo inteiro
num brado de orgulho e confiança:
nasceu a linda Brasília
a capital da esperança
A fibra dos heróicos bandeirantes
persiste nos humildes e gigantes
que provam com ardor sua pujança,
nesta obra de arrojo que é Brasília.
Nós temos a oitava maravilha
Brasília, capital da esperança.
Após essas duas apresentações era à hora de cantar a musica da escola que era assim: “Depois de entrar na sala, cantamos com alegria, saudando as professores, bom dia, bom dia”. Após esse último cântico, os ponteiros marcavam exatamente 7 e meia da manha e as aulas eram iniciadas.
Porém, só participavam dessas cerimônias entradas na sala de aula o aluno que estivesse devidamente uniformizado, ou seja: Camisa Branca (com o emblema da escola) e calça azul marinho (homens) camisa branca ((com o emblema da escola) e saia azul marinho (mulheres). Roupa de outra cor era ser barrado na hora.
Outra co Isa prazerosa eram os ensaios para comemorar as datas alusivas. Cada séria tinha dois ou três alunos para recitar ou declamar, uma poesia ou um texto referente ao acontecimento da data comemorativa.
Após os cinco anos de primário vinham os dois vilões que os primarianos mais temiam: A prova de Admissão ao Ginásio e o convívio com os veteranos ginasianos.
Desse tempo de primário, guarda a boa lembrança e a amizade dos colegas Eliezer Coronel reformado do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, Mário Batista Tenente reformado da PMDF, Leonildo, Capital PM.
Em tempo: Encontrei-me com o Eliezer cerca de uns 20 dias em frente ao cartório de Novo Gama.
PRIMÁRIO:
Quem era aprovado no curso de admissão ao Ginásio passava diretamente da quarta série primária para a primeira série Ginasial, ou seja; ganhava um ano à frente dos que não faziam o curso de admissão e eram obrigados a concluir a quinta série para ingressar no curso ginasial e poder usar a tão sonhada calça CINZA, preservada a camisa na cor branca.
Ginasiano tinha mais regalias, porém, deveres a cumprir, tais como: Para poder adentrar ao Colégio o aluno tinha que apresentar a Carteira Escolar (na época do tamanho da CTPS) na cor azul, com nome, séria turma, para entrar. Nessa mesma carteira (ou caderneta) tinham as páginas correspondentes ao dia do mês e, neles constavam os itens ATRASADO (para quem entrou no segundo horário), faltou (QUEM MATOU AULA), ALÉM DAS NOTAS OBTIDAS NAS PROVAS. Porém, na frente dos itens ATRASADO e FALTOU, tinha que constar a assinatura do pai, dando ciência que acompanhava a vida escolar dos filhos.
Para adentrar a sala de aula, o ritual era o mesmo praticado nos tempos de primário. Cantar o Hino Nacional e o segundo Hino de Brasília:
Todo o Brasil vibrou e nova luz brilhou
quando Brasília fez maior a sua glória,
com esperança e fé
era o gigante em pé,
vendo raiar outra alvorada
em sua História.
Com Brasília no coração
epopéia a surgir do chão
o candango sorri feliz
símbolo da força de um País!
Capital de um Brasil audaz
bom na luta e melhor na paz
salve o povo que assim te quis
símbolo da força de um País!
Nesse ciclo as disciplinas eram as seguintes: Matemática, Física, Química, Biologia, Geografia, Artes Industriais, Música, religião, Educação Física, História, Ciências, OSPB, Inglês e Francês.
Fora isso, tínhamos a obrigação com os ensaios para o tradicional desfile de sete de Setembro.
Os sinais tocavam a cada 45 minutos para a troca de disciplina. Mas, o sinal mais aguardado era o da hora do recreio. Isso mesmo! Meia hora para dançarmos as músicas pelo conjunto formado pelos alunos, Oney Peres, Zé Carlos, João Luiz e Sinval. Eram momentos de pura satisfação onde se misturavam inocência e alegria ao mesmo tempo. Todos se respeitavam.
Aluno indisciplinado, nem pensar. Quem fugisse as regras era punido da seguinte maneira:
Primeira Infração: três dias suspenso das aulas e proibido de entrar no Colégio (tudo anotado na Caderneta Escolar.
Segunda Infração: cinco dias suspenso das aulas e proibido de entrar no Colégio (tudo anotado na Caderneta Escolar.
Terceira Infração: 15 dias suspenso das aulas e proibido de entrar no Colégio (tudo anotado na Caderneta Escolar.
Quarta Infração: Excluído do Colégio.
Desse tempo as lembranças de Toninho do Fórum, Biteta, Rosentalvo, Goiany Bueno, Adjendi (casada com o Farid (do Gama), Toninho do Fórum e outros ilustres.
Depois dessas duas etapas, vinha o Científico, hoje Ensino Médio.
Essa etapa eu conclui na Asa Norte quando meu pai se mudou conosco para s 312 Norte.
Porém, ainda era um Ensino de qualidade com professores ainda chamados e tratados como EDUCADORES e, ainda se tinham respeito por todos, de professores a colegas de qualquer Instituição de Ensino.
Do Primário ao Científico, os uniformes eram sempre de cores tradicionais, azul e branco. Os calçados masculinos eram os sapatos “Vulcabrás” ou os tênis “Ki-Chute” ou “Conga Sete Vidas”. As meninas usavam sapatos tipo de boneca, preto baixo com apenas uma tira em cima.
DIAS ATUAIS:
Hoje, principalmente depois dos sindicatos, não a figura do educador deu lugar aos profissionais da área de educação. Respeito de alunos para com os professores é coisa remota, graças à reforma do ensino promovida por um governo passado, cuja sigla levou o país a ruína, e ainda, com uma mãozinha da turma dos DIREITO DOS MANOS. Isso mesmo aquilo que chamam de Comissão dos Direitos Humanos, que, deveriam dar devida atenção aos HUMANAOS DIREITOS! Bem diferente dos tempos de decência, hoje, o que se vê nas escolas são os “alunos” de bermudões e as meninas de bermudinhas mostrando as popas da bunda, bem diferente daquela época o respeito imperava por parte dos alunos para com as normalistas. Será que os alunos de hoje do Fundamental ao Médio sabem o que significa ser NORMALISTA?
Os bons costumes foram esquecidos e a má formação familiar mostra todos os dias alunos batendo em professores, matando professores, e os pior, alunos como aquele bandido mirim, LIXO HUMANO, que dava tapinhas nas nádegas da professora sob o sorriso dos restantes dos delinqüentes que se diziam alunos. O Trapo Humano de desrespeitou tal professora, ainda teve a ousadia de postar o vídeo nas redes sociais.
E como se não bastasse, ainda aparece o “Ministro” da educação,
Abraham Weintraub, a meu ver um débil mental, que declarou em entrevista que “FILMAR PROFESSORES EM SALA DE AULA É UM DIREITO DOS ALUNOS”
Sou muito grato aos meus professores, que me ajudaram a entender que somente através da educação poderia vislumbrar um futuro melhor, para mim, meus filhos e meus netos. S e eles ainda estivessem nessa terra, daria um beijo em cada um deles por haverem me proporcionado os verdadeiros anos dourados da minha vida....