15/05/2019 às 07h04min - Atualizada em 15/05/2019 às 07h04min
CLDF “devolve” Renato Santana à Defensoria Pública
Em edição extraordinária do Diário Oficial da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), a Casa legislativa “devolveu” o ex-vice-governador Renato Santana (PSD) à Defensoria Pública, órgão de origem. O político estava cedido à CLDF e praticava “trabalhos externos” vinculados ao Bloco Justiça Social, que chegou a ser desfeito.
Segundo o documento, a medida, assinada pelo presidente da Casa, Rafael Prudente (MDB), foi tomada a pedido do próprio servidor. Renato Santana explicou à reportagem que não foi “exonerado”, já que não era um servidor da CLDF, mas que foi “devolvido” ao órgão de origem. “Sou servidor de carreira, não ocupo e nem ocupei cargo de comissão na Câmara Legislativa. Resumindo, é um ato de devolução de um servidor que mostrou um interesse de retornar ao órgão de origem”, argumentou. Santana enfatizou que pediu para ser devolvido à defensoria pública, já que entende que, com o encerramento das atividades do bloco no qual atuava, não havia mais a necessidade de permanecer na Casa legislativa.
Ele também lembrou que a atuação dele não elevava a despesa da CLDF, já que recebia as remunerações do órgão que o cedeu. “Eu recebo o meu salário de servidor requisitado, não uso o serviço saúde, não uso o carro e nem outros benefícios da Câmara”, garantiu. Ele ressaltou, no entanto, que o trabalho exercido na CLDF era externo e que buscava um exercício menos “burocrático” dentro da CLDF. “Eu estava fazendo um trabalho de campo, porque o Regimento Interno permite. Eu trabalhava na rua com bens próprios e ninguém falou nada.
Eu buscava ser propositivo, buscar soluções à sociedade”, contou. Em nota, o ex-vice-governador enfatizou que “sempre defendeu” a gestão mais próxima à população. “Trabalhar na rua sem regalias parece ser pejorativo, uma baita inversão de valores”, atacou as críticas.